quinta-feira, dezembro 30, 2010

Qual declaração de amor!

Talvez não tenha talento suficiente para descrever, por palavras, sentimentos meus… então, olho-te simplesmente e espero que o brilho que vejas no meu olhar demonstre o que sinto por ti…
Não que hajam constrangimentos ou vergonha da minha parte, mas porque não sou de cerimónias. Além disso, por vezes esqueço-me, por ser demasiado distraída e prefiro demonstrar num sorriso a felicidade de ter a meu lado, do que o proferir em palavras.
Que o silêncio demonstre o quanto o gosto… o quanto aprecio… o quanto agradeço a tua presença na minha vida, porque sei que tens sensibilidade suficiente para o percepcionar…
Também porque ache as palavras demasiado reducionistas, abdico delas… e fico-me por um beijo que seja… pois esse sim é capaz de transmitir a intensidade do que sinto.
Fico-me pela simplicidade de ser quem sou quando estou a teu lado… nua e crua… na plenitude do meu ser…
… qual declaração de amor!

sexta-feira, novembro 19, 2010

Passado é passado… mas é para ser trabalhado!

Olho para atrás e vejo que (tal como qualquer outra pessoa) muitas foram as circunstâncias em que fui ferida… em que me mostraram a maldade, a dor, ao invés do amor. Muitas foram as vezes em que vivi a falta, o vazio… a solidão escura e fria… para me tentar esconder até de mim, só para não sentir mais nada. Muitos foram os tropeções e até as rasteiras. Planos rasgados… desejos perdidos… futuros ruídos…
Sei que sou quem sou por cada passo que dei… pois sei que o passado, de certa forma, me fez ser a pessoa que hoje sou. Mesmo assim, há pessoas que, olhando para atrás, eu ainda não consegui perdoar, só o tempo fará esse passe de magia. Reservo-me essa liberdade e sou tolerante comigo mesma, pois se estou ferida não tenho que me obrigar a abrir mais a ferida, encarando ou teimando em querer perdoar o que ainda dói demais sequer de ser pensado. O tempo encarrega-se de fazer o resto do trabalho…
Aceito, no entanto, que todos nós temos momentos em que somos bons e temos momentos em que podemos ser maus. Aceito que possamos entre nós, nem que seja momentaneamente, representar o papel de “carrascos” na vida uns dos outros (ler a Pequena Alma e o Sol de Neale Donald Walsch), mas reservo-me a liberdade de lidar com as minhas dores ao meu ritmo. Não tenho que me massacrar para perdoar o que dentro de mim ainda é sentido como imperdoável. A seu tempo se manifesta a energia do perdão!
Sei que “O melhor modo de nos vingarmos é não nos assemelharmos a quem nos fez mal”… e sigo esta máxima a 100%... não faço mal, nem desejo mal a quem mal me fez. Envio luz sempre que me lembro, para que essas pessoas se encontrem com os seus actos e se perdoem a elas próprias pelo mal que fizeram. Não para que me peçam perdão a mim mais tarde…
Não devemos danificar o nosso corpo energético consumindo-nos com emoções negativas (raivas/agressividades/mágoas). Devemos ter a força para nos reconstruirmos a partir das quedas mais duras, porque quando nos erguermos vamos ser mais fortes… mais maduros… mais seguros! Não vamos atribuir nem a uma situação nem a uma pessoa específica o assassínio da nossa vida e do nosso ser…
Além disso, não devemos isolar-nos do mundo por medo de voltar a ser feridos… porque o universo segue os nossos chamamentos. E se vibrarmos em medo, o universo vai trazer-nos mais provas para testarmos esses medos!
Devemos ter a coragem de olhar para nós… para as feridas… para as dores e primeiro de tudo perdoarmo-nos a nós próprios por tudo o que aconteceu e por todas as nossas acções, pensamentos e emoções que advieram de toda a situação.
Abraçarmo-nos fisicamente durante alguns dias dizendo “Eu amo-me, eu respeito-me, eu perdoo-me e peço perdão a mim mesmo, eu aceito-me tal e qual como eu sou”… pode ser uma das ferramentas utilizadas.
Depois devemos dar amor a nós mesmos… olhar para nós… feridos, doridos… e aceitar cada emoção, cada pensamento, cada acto nosso… deixar que tudo isso se manifeste, centrando a atenção no coração... para que estas energias se dissipem, não mais se manifestando. Imaginar um amor imenso por nós mesmos a inundar-nos! Importante é não se deixarem levar na corrente destas dores… deve-se sentir simplesmente para deixar passar. Podem até imaginar um rio e imaginarem-se a lavarem nesse rio corpo e alma… para se livrarem de tudo o que vos limita e auto-destrói…. tudo o que vos afasta da crença de que podem ser felizes novamente e de que novamente podem sentir o amor a inundar-vos a essência.
Depois o passo seguinte é a reconstrução… o reencontro connosco próprios e com o mundo… com muita calma, amor e tolerância para connosco próprios… fará o trabalho dia após dia. Sem que notem, em menos de dois tempos vão ver o resultado maravilhoso da reconstrução!
Eu sou humana… erro… tenho tanto de fragilidade como de força… tanto de defeitos como de virtudes… e abraço a cada dia todas as minhas sombras, tanto quanto abraço a minha luz. E o trabalho com as minhas sombras é que me tem feito crescer a cada dia…
Mesmo quando requer tocar em feridas que já escondi no fundo de um baú, trancado a sete chaves (quais fantasmas do passado)… prefiro mergulhar no rio e lavar-me, mesmo que por segundos tenha que reviver o que no passado considerei inferno… isto porque o trabalho final vale a pena… e o orgulho que sinto de ser quem sou é o maior valor, porque a cada dia amo mais e mais o ser em que me estou a tornar…

segunda-feira, novembro 08, 2010

7 de Novembro de 2010

Um não me apetecer fazer nada lascivo e depressivo toma conta de mim. Angustia e frustração inundam o meu fim de tarde… arrastando-me numa corrente de sentimentos que não quero sentir… dos quais quanto mais tento fugir mais neles tendo a mergulhar…
Já meditei, já fiz terapias… já li… já comi, já sonhei de olhos abertos… mas tudo hoje me soa a insatisfação. Desde há uns dias que não pareço encontrar alegria em muitas tarefas do dia-a-dia. Muitos têm sido os dias, ultimamente, em que deixo fluir simplesmente como me ensinaram que se deve fazer e só tenho ido dar a becos sem saída… num deserto de alegria e falta de ânimo.
Em momentos como estes desconfio que me engano a mim mesma… simplesmente para sair da cama e viver mais um dia.
Há muitas coisas nesta vida que detesto fazer e demasiados momentos em que não me apetece estar cá.
Vejo tanta estupidez humana criada à nossa volta… tanta prisão social que leva meio mundo à ruína! Como é que consigo voltar a convencer-me que é possível ser-se feliz na Terra?
Os meus irmãos estão demasiadas vezes mergulhados nas suas lutas que acabo por ficar sozinha a tentar ter força para ajudar quem vem ter comigo! E muitas, aliás demasiadas vezes, me questiono quem sou eu para tentar ajudar seja quem for, quando há dias em que ajudar-me a mim mesma já é tarefa grandiosa demais.
Não sei se tenho fibra para aguentar mais uma vida cá alimentada a simples momentos de alegria que tento encontrar ou criar… quando vejo tudo de costas voltadas… a tentar sobreviver! e quando acredito que não deve ser assim...
Muitos são os momentos da minha vida em que a única coisa que me anima é ajudar… mas noutros só consigo encher-me de egoísmo e desejar para mim o prazer mundano de ter alguém a meu lado para partilhar a vida e construir uma família, como um comum mortal. Algo que me motivaria com certeza mais do que simplesmente viver para ajudar e não ter tempo para mim, a não ser para privar algumas vezes com os amigos e estar sozinha para recuperar o equilíbrio. Creio que seria tudo mais fácil de suportar… contrabalançar a vocação de ajudar com uma vida em que me sentisse completa. Podem dizer-me que atribuo à construção duma família demasiada esperança, talvez porque é a única coisa que não tenho… nem pareço a caminho de o fazer…
Tenho um lar feito para mim, com paredes caiadas de solidão. Quando passam aqueles momentos de trabalhar em mim que sei que tenho que ter e nos quais me sinto em paz e internamente feliz comigo mesma… esta solidão parece sufocar-me e tornar-se insuportável.
Não pensem que há alguém que fique isento de se questionar do seu valor e da sua continuidade aqui?!?! Quero vezes demais largar estes nós que me atam a esta vida e voltar para o “paraíso” para viver em amor… longe deste mundo da matéria impregnado de lixo energético e de seres corrumpidos pelas máscaras da encarnação.
Não sei se tenho estrutura para ser a minha vida toda tábua de salvação, mesmo sendo aquilo que mais gosto e para o qual nasci, quando o meu ser se sente só... aprisionado e esgotado de estar aqui...
Hoje até respirar me custa... mas não consigo chamar ninguém... pois não existe ser ao cimo da Terra capaz me ajudar a lidar com estas dores, dúvidas e frustrações...
Será que isto me acompanhará para sempre?!? Sei que a revolta e falta de aceitação em estar na Terra amainaram nestes últimos anos, pois no passado quase me levaram à perdição... mas nunca desapareceram completamente...
Só peço que Deus se lembre de mim e me envie tanta luz que estas emoções se apaguem duma vez só e a felicidade plena de viver aqui nasça... para que me sinta completa com o que é meu para ser aqui...
Sei que estou em trabalho interior e muitas vezes este trabalho é duro. Estou a curar questões relacionadas com medo de amar, medo de perder, medo de sofrer! Sinal de que estou realizar alguma cura é sonhar durante a noite que estou a mudar mobílias numa casa (Pronto, agora é que todas as pessoas que lerem isto vão passar-me um atestado de loucura eheheheh) e ontem foi com isso que sonhei e fico feliz por isso... mas o que eu anseio neste momento é o bem-estar que advém da cura, como se me encontrasse sedenta por beber a água sei que me saciará… nem que seja por uns momentos.

Este mal-estar, esta vontade de chorar… esta fragilidade desgastam-me! Perguntam-me estás triste e não tenho o que responder, não é nada que consiga explicar... é somente o troco que recebo de trabalhar em mim… há quem viva no automático e vá ficando triste ou alegre com os acontecimentos quotidianos… eu além disso, como comum mortal, não ficando alheia aos acontecimentos da minha vida diária, opto pela consciência e pelo trabalho interior. É duro, sim… podem chamar-me masoquista, porque desta vez até eu estou achá-lo.

Oportunidades...

Cruzas-te na tua vida com centenas de pessoas com uma estória de vida única, diferente de todas as outras... com as quais tens a opção de aprender, seja pela positiva ou negativa... e a opção é feita quando decides viver em consciência no teu dia-a-dia...
Para mim, é isso que faz com que a própria vida valha a pena...
Noutras palavras, isto quer dizer que crias o teu caminho na conjugação entre o facto de te deixares tocar pelas estórias e essências de quem se cruza contigo e a vivência das tuas próprias estórias.
Tudo tem um sentido e não há coincidências em relação aos encontros e desencontros que existem na nossa vida... porque se há pessoas que têm que estar momentaneamente na nossa vida, há outras que nos têm que acompanhar a vida toda, ou pelo menos durante um período muito grande desta.
Isto a não ser que nos precipitemos e tomemos decisões que são contrárias ao que é melhor para nós. Mas aí o coração dá um sinal mais que perceptível... a falta de paz, a ansiedade, às vezes até dor física... tudo sinais de que o nosso guia interior envia para indicar que o nosso livre arbitrio está a ir em direcção contrária ao que é melhor para nós... para a nossa evolução. Isto conta tanto para quem se afasta de com quem deve permanecer, como aquele que teima em não deixar para atrás o que já não serve à sua evolução... por medo ou por passividade. Aqui digo respeito a amigos, colegas, companheiros... as ditas pessoas que se cruzam connosco com uma missão especifica na nossa vida e nós nas delas.
Sinal de que essa pessoa é importante... são os sinais de reconhecimentos nos momentos iniciais do contacto... o parecer que já conhece, que já viu... um bem estar tão natural e espontâneo.
Temos que criar esta consciência interior e em contacto connosco próprios questionar ao nosso guia interior se é para mantermos o contacto com dadas pessoas!?!?!?! Quem são estas pessoas e o que significam na nossa vida? As respostas vêm tão mais facilmente quanto mais nos conhecemos e quanto mais confiamos no nosso coração... e quanto mais soubermos manter a neutralidade...
A vida é um agri-doce mistério que vamos vivenciando... e o caminho é construído de decisões diárias que vamos tomando através dos nossos pensamentos, sentimentos e atitudes.

Há dias em que eu própria estou tão perdida sem perceber porque estou aqui uma vez mais com estas roupagens. Em que me apetece simplesmente despir-me deste corpo e voar para outras paragens, longe da Terra.
Outras em que tenho tanta força para sorrir e ser quem sou que vou vivendo pelo puro prazer de cada momento... cheia de sentido pelas razões que cá estou.
Ultimamente tenho-me sentido inerte... só me sinto bem a escrever... e vejo-me sozinha a maior parte dos momentos livres. Sinto-me vazia... esquecida das missões, despida de ilusões que acho que às vezes crio para seguir em frente num impulso.
Fico fixada no momento presente... mas sinto-me inquieta com a indefinição do futuro...
Queria mais para o presente... e ver o futuro tão longe faz-me sentir uma ansiedade que me rouba a paz...
O que será que me espera?!? Há tanta coisa que quero viver... tanto que quero ainda sentir e o momento parece não chegar, como se tivesse as amarras presas... e não conseguisse avançar.
No meu peito palpita o som da impaciência e torna-se ensurdecedor este palpitar... Só o consigo controlar a meditar...
As oportunidades demoram demais e se aparecem logo parecem fugir a seguir... por entre a névoa, como se me fizessem duvidar por momentos sequer que tenham existido.
Eu no tempo de espera pareço não ter mais criatividade no meu pensamento... pois fico-me pela sensação de perca de tempo!!!
Onde todos parecem conseguir encontrar oportunidades menos eu...
Tenho que acreditar com fé que isto tem algum sentido...

quinta-feira, novembro 04, 2010

Meditação: a cura para as doenças do nosso Interior

Osho conquista-me a cada frase no Livro da Cura. Este explana, de forma exemplar, parte da essência humana e a importância da meditação.
Eu vejo em mim os efeitos do tempo em que pratico meditação e não sou de longe a pessoa mais disciplinada a fazê-lo.
Há questões que todos temos que trabalhar em nós e a auto-disciplina é um dos meus pontos fracos... mas tenho consciência disso e esforço-me para trabalhar em mim esta questão.
Mesmo assim faço meditação frequentemente, em grupo pelo menos uma vez por semana, sozinha depende dos dias, porque há dias em que faço vários vezes, um ou outro em que não faço.
A meditação leva-me ao encontro de mim mesma... ao encontro duma paz e felicidade interior que são só minhas. Com isto quero dizer que essa paz e essa felicidade não dependem se estou no melhor trabalho do mundo, se tenho namorado, ou se tenho amigos... se tenho muito dinheiro na conta ou não. O que é incrível!
Comecei a praticar recorrentemente e individualmente há mais de 2 anos. Em grupo já lá vai um ano de prática... e muito orgulho tenho em orientar este grupo!
O encontro com a meditação veio no seguimento do meu contacto com o Reiki e da necessidade de sobreviver num determinado momento da minha vida.
Tinha-me entregue de corpo e alma a algo que depois de deixar de fazer sentido me tirou o rumo... isto porque não aceitei que tinha sido uma passagem e continuava a acreditar que tinha perdido a hipótese de construir o futuro como eu desejava.
Agarrei-me ao contacto com o meu interior através do Reiki e da Meditação como únicas tábuas de salvação e comecei o meu percurso passo a passo para chegar onde estou hoje.
Hoje noto que sou uma pessoa mais segura de mim... mais forte, mas mais capaz de assumir as minhas fragilidades e defeitos. Para além disso, este trabalho permitiu-me em conjugação com o que vivencio dia-a-dia com as pessoas que fazem parte do meu mundo, conhecer-me tão bem que sei exactamente o que tenho que trabalhar para crescer (e vou fazendo-o continuamente). E mais importante ainda aprendi a gostar de mim tal e qual como sou.
Como encontrei num artigo e diga-se que adorei, a meditação "Trata-se de um medicamento que não pode ser comprado nem vendido numa farmácia. (...) O doente só precisa dispor de tempo para tomar contacto consigo mesmo, apropriar-se de seu corpo e mente, tornar-se por alguns instantes senhor de seus pensamentos."

Há mais de 30 anos que a Medicina estuda os benefícios da prática da meditação, seja para prevenir doenças, seja para tratá-las. Além de ensinar o nosso organismo a gastar menos energia, a lutar contra o stress e ansiedade, tem benefícios cognitivos. Segundo pesquisas da Universidade da Pensilvânia, nos Estados Unidos, a meditação aumenta a actividade na região frontal do cérebro, responsável pela concentração, abstração e atenção. Outros estudos também comprovaram que a meditação retarda o envelhecimento e melhora a qualidade de vida.
Por isso meninos e meninas toca a arragaçar as mangas e trabalhar...

quinta-feira, outubro 14, 2010

Terapias com Carla Vitorino

Muitas foram as vertentes que ora estudei, ora experienciei e cheguei à conclusão, num determinado ponto do meu percurso, que o caminho, embora feito por trilhos muito distintos, é em muito semelhante devido ao objectivo comum: a cura e a ascensão, através do contacto com o outro lado do véu.
Apercebi-me então que o meu caminho, mais do que aplicar uma ou outra técnica especificamente, era o de assumir o papel de mediadora. Mediadora entre os meus clientes e o guias que facilitam a luz e a energia suficiente para que se crie a consciência de auto-cura.
Em virtude de verificar que as pessoas ou procuram uma terapia de recurso quando em desespero de causa ou se ficam pela terapia de curiosidade, decidi criar planos de continuidade com diferentes vertentes, consoante o objectivo de cada pessoa, pois cada uma terá o seu próprio caminho a percorrer.

Plano de Cura Interior
1ª Sessão Diagnóstico energético; plano de intervenção; Iniciação ao Amor Divino (chave da auto-cura)
2ª Sessão Limpeza Energética; Iniciação à Conexão com o Anjo da Guarda
3ª Sessão Regressão nº1; Reiki; Terapia multidimensional - scanner
4ª Sessão Terapia Multidimensional
5ª Sessão Regressão nº2; Reiki; Terapia multidimensional - scanner
6ª Sessão Terapia Multidimensional
7ª Sessão Regressão nº4; Reiki; Terapia multidimensional - scanner
8ª Sessão Terapia Multidimensional
9ª Sessão Regressão nº5; Reiki; Terapia multidimensional - scanner
10ª Sessão Terapia Multidimensional: avaliação
Nota: 1 sessão por mês; valor: 300 euros ou 30 euros/mês. Em caso de pagamento na totalidade facilita-se a iniciação do Primeiro nível de Reiki gratuitamente

Plano de Ascensão
1ª Sessão Diagnóstico energético; Limpeza energética
2ª Sessão Regressão nº1; Reiki; Terapia multidimensional - scanner
3ª Sessão Terapia Multidimensional; iniciação ao Coração Multidimensional (conexão com o amor neutro)
4ª Sessão Regressão nº2; Reiki; Terapia multidimensional - scanner
5ª Sessão Terapia Multidimensional; iniciação ao Amor Divino (chave da auto-cura)
6ª Sessão Regressão nº3; Reiki; Terapia multidimensional - scanner
7ª Sessão Terapia Multidimensional; iniciação à Ordem de São Miguel (protecção e limpeza)
8ª Sessão Regressão nº4; Reiki; Terapia multidimensional - scanner
9ª Sessão Terapia Multidimensional: avaliação
10ª Sessão Aprendizagem de técnicas de protecção, limpeza e auto-cura
Nota: 1 sessão por mês; valor: 350 euros ou 35 euros/mês. Em caso de pagamento na totalidade facilita-se a iniciação do Primeiro nível de Reiki gratuitamente

Encontro com o Curador Interior
1ª Sessão Limpeza energética; iniciação ao Amor Divino (chave da auto-cura)
2ª Sessão Regressão nº1; Reiki; Terapia multidimensional - scanner
3ª Sessão Terapia Multidimensional; iniciação ao Coração Multidimensional (conexão com o amor neutro)
4ª Sessão Regressão nº2; Reiki; Terapia multidimensional - scanner
5ª Sessão Terapia Multidimensional; iniciação à Ordem de São Miguel (protecção e limpeza)
6ª Sessão Regressão nº3; Reiki; Terapia multidimensional - scanner
7ª Sessão Reiki nível I
8ª Sessão Partilha de Reiki; Terapia Multidimensional
9ª Sessão Aprendizagem de técnicas de protecção, limpeza e auto-cura
10ª Sessão Terapia Multidimensional: avaliação
Nota: 1 sessão por mês; valor: 350 euros ou 35 euros/mês. Em caso de pagamento na totalidade facilita-se a iniciação do Primeiro nível de Reiki gratuitamente

Encontro com o Curador
1ª Sessão Limpeza energética
2ª Sessão Regressão nº1 (desbloqueio energético) ; Reiki; Terapia multidimensional - scanner
3ª Sessão Terapia Multidimensional; iniciação ao Amor Divino (chave da auto-cura e da cura do outro)
4ª Sessão Reiki nível I
5ª Sessão Partilha de Reiki; iniciação ao Coração Multidimensional (conexão com o amor neutro)
6ª Sessão Reiki nível II
7ª Sessão Partilha de Reiki; Conexão com o anjo da guarda
8ª Sessão Iniciação ao Xamanismo: a viagem xamânica
9ª Sessão Prática de Xamanismo; Terapia Multimensional; Conexão ao Animal do Poder
10ª Sessão Aprendizagem de técnicas de protecção, limpeza e auto-cura
Nota: 1 sessão por mês; valor: 400 euros ou 40 euros/mês. Em caso de pagamento na totalidade facilita-se a iniciação do nível III de Reiki gratuitamente

Plano Regressão + Terapia multidimensional
10 sessões (sessão mensal alternada entre Regressão e Terapia Multidimensional): 250 euros ou 25 euros/mês. Em caso de pagamento na totalidade facilita-se a iniciação do nível I de Reiki gratuitamente

Outras actividades:
Sessões individuais de Reiki, Terapia Multidimensional, Regressão.
Aulas de meditação de grupo

Paio Pires, Seixal: mensalidade 20 euros (quartas-feiras das 20h30 às 22h)
Aula de meditação individual
Paio Pires, Seixal: duração 45 m – 20 euros/aula

Contactar: tlm 968090618 ou calexa_vitorino@hotmail.com

Vocação

Só me apetece escrever... sei que algo me vai na alma, mas não consigo discernir o quê. Só consigo sentir uma imensa tristeza por tudo o que se tem passado nos últimos dias. Haverem avisos de limpezas energéticas e mudanças não é o mesmo do que passar por elas.
Estou naqueles momentos em que nem sei o que me apetece. Não sei me apetece estar só e quieta, se me apetece procurar um colo para me aninhar.
Sei que são as minhas sombras despoletadas pelos últimos acontecimentos… remexidas no passado que doem e que influenciam o modo como vivencio o meu dia-a-dia.
Tenho fé e é esta que me move, porque sei que tudo é uma passagem até voltar à harmonia habitual.
Isto, no entanto, não quer dizer que não deixe de massacrar, de ferir, de desanimar…

Estou a ler um livro "Os sonhos da Alma - realizar as nossas aspirações" de Valerio Albisetti, psicólogo e psicoterapeuta... que tem-me feito pensar imenso.
Este autor defende o quanto é importante descobrir o sentido da nossa existência, a nossa vocação. Considera inclusivamente que a felicidade é, nada mais nada menos, do que a descoberta e a realização da nossa vocação. Chega a afirmar que o sofrimento pelo qual passamos durante a nossa vida nos ajuda a encontrar a tal vocação ou vocações... pois nos induz a encontrarmos a nossa verdadeira identidade.
Já considero que encontrei a minha maior vocação... tenho que admitir que me trouxe paz, mas o facto de não a estar a conseguir concretizar a tempo inteiro na minha vida traz-me alguma insatisfação.
Pode ser uma questão de tempo... no entanto, como a paciência é de longe a minha maior virtude dá neste sentimento de frustração.
Interessante ler neste livro que só em encontro connosco próprios é que descobrimos a tal vocação... noutras palavras, ninguém tem a capacidade de nos transmitir esta informação, abreviando o processo de descoberta. Interessante, pois encontro continuamente pessoas que me questionam, em terapias, quais as suas missões, ou quais as razões de terem encarnado nesta vida.
Eu vou ainda ser mais rebuscada que este autor, alguém pode dizer-nos a nossa vocação se tiver clarividência para isso, já encontrei pessoas com essa capacidade, no entanto, se a pessoa não está preparada para processar esta informação, esta não fará sentido. Lembro-me de muitas vezes, em tenra idade, me transmitirem esta informação e eu, como não estava preparada para ouvir, ainda fiquei mais perdida. Cheguei a achar que estava a percorrer o caminho de forma incorrecta porque não estava a conseguir, nem sentir que aquela era a minha vocação, quanto mais o que tinha que fazer para a concretizar.

Por isso, não há como simplificar, é realmente no encontro connosco próprios que fazemos esta descoberta. E tal como eu, no momento certo todos vão encontrar o rumo que vai fazer com o vosso caminho se trace...

Retornando ao meu percurso, se o sofrimento nos leva à descoberta, só me resta perceber o que tenho que descobrir em relação a mim mesma, de modo a completar o processo de concretização da minha vocação. Sei que estas últimas provas têm a ver com a preparação para a concretização final das minhas missões. Acredito que tenho que evoluir um pouco mais para chegar ao nível de evolução necessário a estar em condições e a ter as características necessárias à concretização da minha vocação.
De peito aberto e mangas arregaçadas, cá estou eu pronta a trabalhar...

segunda-feira, outubro 11, 2010

Mudanças...

Nunca pensei chegar à conclusão de que tenho resistência às mudanças...
Percebi há pouco tempo que no meu interior se encerram uma série de medos tolos que nem sequer me assombram de tão bem escondidos se encontrarem.
Mas que existem e me limitam é uma realidade...
Isto uma vez mais fará com que eu tenha que olhar para o meu interior e trabalhe em mim. Sei que depois desta descoberta tudo me indica que tenho que reservar alguns momentos para mim mesma e enfrentar as minhas sombras. No passado encontrava-me mais de metade do tempo mergulhada nas sombras... talvez até encontrar a minha luz. E entretanto habituada a viver ligada ao meu lado bom, reneguei e enclausurei o meu lado menos bom... que tenho, tal e qual como qualquer ser humano. Como sou de 8 ou 80 agora que vivo na luz, custa-me mergulhar na caverna pessoal e trabalhar aprofundadamente nas sombras.


Mas lá terá que ser...

Partilho um dos modos que utilizava para mergulhar em mim. Já foi escrito há muitos anos, mas demonstra o como a escrita foi sempre determinante para mim.


Perdição
Por momentos
Perdi-me numa perdição sem retorno
Onde estou?
O que faço?
Para onde vou?
e de filosofia nada têm as questões...
quais tentativas de descobrir a essência humana!?!

Onde estou?
Num lar que já não reconheço
De nada choro... de tudo me esqueço...
Só quero partir...
Só quero morrer...
Deixei de fugir
É duro sorrir... é duro crer...

O que faço?
Já tentei todas as loucuras.
Lancei borda fora ideais...
... o que outrora condenei... cometi
... deitei fora o antídoto para o veneno que ingeri...

Para onde vou?
O meu fim não chega
Nem este me quer!
Nem um fim... nem um fácil morrer...
Permaneço no frio do chão
Que me seduz
Passando as mãos por todo o meu corpo
... como se fosse dele...

Fico crucificada nesta cruz...
Faço do sonho inimigo...
um perigo que não quero correr!
E estes fogem de mim...

Fecho os olhos com medo
Desejo o que não queria desejar
e sem mais o frio vai embora...
Consigo levantar-me!
É tudo tão amargo
Tão sem sentido...
Então
Não sei bem porquê...
Puxo de um desejo
... sem ler o conteúdo...
E continuo...
Mesmo sem rumo certo
Num caminho perdido...
Salvo-me...
... mas por um desejo... talvez... mal pedido...

Olho para atrás e vejo no sofrimento em que já me encontrei... o quanto me marcou a perda do meu pai, a dureza de me tornar madura... à custa de algumas quedas e feridas e decepções. Estou a ler um livro muito interessante, cujo autor fala na cura e no encontro da felicidade interior através dos nossos sofrimentos. Sou quem sou hoje pelo meu percurso de vida... cada dor, cada sorriso, cada pessoa boa ou má que encontrei fez-me ser quem sou neste preciso momento.
A vida proporciona-nos lições constantes que nos apontam o que temos que trabalhar em nós. Os sinais vão sendo cada vez mais fortes até entendermos. É bom tornarmo-nos cada vez mais conscientes de quem somos e do que fazemos a cada dia para aprendermos a olhar-nos como um todo, de defeitos e de virtudes e a ver isso como a nossa identidade... a nossa mais vantagem neste caminho... porque só sendo quem somos na nossa verdadeira essência nos fará cumprir as nossas missões nesta vida.

sexta-feira, outubro 08, 2010

Viagem a Fátima dia 03-10-2010

Personagens Principais: Helena e Carla
Desafios acontecem todos os dias... mas fazer uma viagem a Fátima com intuito de trabalhar energeticamente e não de explorar o aspecto religioso, é mais profundo do que um desafio recorrente.
As confirmações vieram sobre a realização desta viagem com o intuito de trabalhar a energia de Nossa Senhora de Fátima em grupo... e eu prossegui...
Decidimos então marcar uma ida a Fátima para se contactar com o espaço e recebermos pormenores sobre os trabalhos a realizar.
Foi um dia dos mais duros que tive... em que mexeram com a minha resistência física e psicológica. O sentimento constante que me era enviado, era o de querer desistir e ir embora...
Choveu como eu há muito tempo não via, eu vestida com calças de algodão e calçada com sandálias...
Chegamos a Fátima e fomos até à livraria e lojas de recordações.
Comprei um chapéu de chuva e fizemos uma pausa para comer. Depois fomos ver o Adeus à Nossa Senhora... chovia tanto que o chapéu de nada valia... sentia a água encharcar-me até à roupa interior...
Quando vi o Adeus... senti a presença de Nossa Senhora, mas a única mensagem que me chegava era que Nossa Senhora não queria um Adeus, pois está sempre presente... quer sim uma conexão com a energia dela, noutras palavras, quer o contrário - um olá. Veio então a confirmação com a caminhada até à cruz alta do que se deve trabalhar com esta viagem em grupo.
Fátima tem uma energia fora do normal, no entanto ainda está marcada pela fé através do sacrifício e da dor. As viagens a Fátima vão ter o intuito de trabalhar a limpeza destes registos e de fomentar a ideia de que Deus é amor e de que a fé pelo auto-sacrificio já não serve à nossa evolução. Tratam-se de viagens iniciáticas e de ascensão.
A própria vida para muitos continua ser um período em que se carregam fardos, em que se queimam karmas, não querendo dizer que isso não possa acontecer, a nossa visão sobre a vida deve ser de missão e de procura de crescimento interior. Devem desmistificar-se e purificar alguns pensamentos e emoções ligados à forma como vivenciamos a nossa encarnação. Isto pode ser trabalhado com qualquer entidade espiritual, a energia de Fátima foi escolhida pela identificação energética comigo e com a Helena.
Ainda assistimos à missa na Igreja nova e aí fizeram-se trabalhos de cura e de conexão com o espaço e a energia do espaço.
Trabalho concluído, já não fomos fazer a visita aos Valinhos... repousamos no autocarro e depois de vindas as pessoas que foram fazer a Via Sacra regressamos.
Muitas coisas a estruturar, muitas coisas a trabalhar...

quinta-feira, outubro 07, 2010

Santiago de Compostela - viagem iniciática

Agosto de 2010

Personagens principais: Carla e Ana

A chuva caía... bom sinal, segundo descobri posteriormente, pois muitos dizem que se é abençoado em Santiago quando chove.
Depois da chegada e do fascínio que a Catedral impõe à primeira vista... paramos para comer alguma coisa e com o mapa de Santiago de Compostela utilizamos o pendulo para verificar os pontos em que haviam memórias a curar.
Foram muitos os pontos históricos visitados... as memórias trabalhadas, ainda que inconscientemente na maior parte do tempo.
As voltas foram muitas... a paciência quase se esgotou em muitos momentos, mas a força de ir mais além levou-nos a não parar... a seguir sempre um passo mais à frente.
Cheguei à conclusão que no tempo que passamos em Santiago vivenciamos a caminhada... como se tivessemos vestido a vestimenta de peregrino e caminhado até Santiago.
O que nunca esquecerei...
A Igreja dos Milagres, na lateral da catedral
Entramos numa igreja e olhamos em volta calmamente, até nos depararmos com uma porta pintada à mão lindíssima. Enquanto olhavamos ouvimos um cantigo. Olhamos na direcção do altar e lá estava um padre e uma freira a cantarem.
Sentamo-nos e ficamos em silêncio.
O momento foi intenso e inesquecível. Liguei-me ao coração e simplesmente senti. Foi-me transmitida uma iniciação energética e foram realizadas curas relacionadas com vidas ligadas à religião e às nossas vivências em Santiago.
A Meditação entre a praça dos vivos e a praça dos mortos
Olhamos para a fila interminável para ir abraçar o santo e desmotivadas decidimos desistir. Então sentamo-nos no topo da escadaria que se mostra junto à entrada para o local onde abraçam o santo e meditamos. Durante a meditação foi-nos transmitido que tinhamos dado voltas infindáveis ao longo de Santiago até chegar àquela hora especifica e estarmos junto a um grupo restrito de pessoas. Foi-nos mostrada uma vida em que se deu uma batalha entre muitos os que estavam naquele espaço presente e foi feito o perdão. Então tocaram os sinos potentes, penetrantes, como que em celebração. Uma emoção indescritível! Depois em meditação estivemos a subir uma escadaria até junto do Santo e abraçamo-lo e a intensidade garanto que foi tanta ou maior do que se fosse pessoalmente, em carne e osso. Vimos literalmente a escadaria e o abraço... embora ambas não sejamos muitas dadas à visão.
O altar da Catedral
Pensava já não ir dentro da catedral quando vejo a fila mais pequena para entrar. Lembro-me de ser assolada pela imagem constante do altar... e duma vontade crescer dentro de mim, até desanimar, acreditanto que ia a Santiago sem ver o que tanto desejava.
Infiltramo-nos na fila, a Ana foi "barrada" à entrada por causa da mochila... mas tudo me dizia para entrar e tive que pedir-lhe para esperar enquanto eu entrava.
Estava a dar a missa... em que o padre falava de perdão, parecia quase sincronizado com a nossa meditação/cura. Via uma parte lateral do altar, mas pouco ou nada... caminhei lateralmente até me encontrar de frente para o centro do altar... aí deparei-me com a imagem que me acompanhava constantemente desde que chegara a Santiago. Quando me posiciono de frente para o altar pouso o cajado e fecho os olhos. Senti que muitas vezes entrei naquela catedral, mas pela porta que existia atrás de mim. A sensação foi intensa! Fiquei de olhos fechados a sentir e quando abri os olhos estava perto de mim, a pedir silêncio, um jovem com um manto, parecia os antigos fatos de monge, num tom de azul índigo... e os nossos olhos cruzaram-se. Senti empatia e reconhecimento. Voltei a fechar os olhos e entrei em regressão espontanea. Eu já tinha sido companheira daquele rapaz no contexto de Santiago e havia cura a fazer - quebra de uma jura de amor eterno. Finalizado o trabalho energético procurei a primeira porta e saí. Olhei uma última vez para atrás e o rapaz encontrava-se inclinado a olhar para mim... o reconhecimento tinha sido mútuo.
Procurei a Ana e fomos embora depois de compradas algumas lembranças.
Agora pensam os crentes: que lindo! Os cépticos: que maluca!
Digam-me lá se todas as nossas vivências são ou não animadas pela imaginação de quem as vive?!? Não interessa aqui delinear as fronteiras entre a realidade e a imaginação... foi esta a forma como eu e a Ana sentimos a viagem e só isso conta.
A constatação dos resultados da viagem a Santiago foram para mim marcantes. Senti-me mais focada nos meus objectivos, mais forte, mais completa e segura... com a certeza de que um dia quero fazer viagens destas com grupos.
Obrigada Ana, obrigado Santiago... obrigado guias e mestres que me acompanham.
Mais tarde, já de volta a Portugal e depois de findadas as férias foi-me transmitida a mensagem que se deve curar o peregrino que existe em cada um de nós. Isto porque nesta vida todos nós somos, nada mais nada menos, do que peregrinos. Muitos criamos medo de viver, outros esqueceram-se do prazer de que é esta viagem e andam em automático, outros lutam para se conectarem com esta parte deles, através das técnicas que vão descobrindo. E uma das coisas que eu mais quero é ser um canal para ajudar as pessoas a fazerem esse trabalho de cura... para que consigam cumprir as suas missões...

sexta-feira, julho 02, 2010

30 primaveras...

Toda a minha vida tracei o meu caminho da melhor forma que consegui, daí me orgulhar de cada opção e de cada experiência... tenha corrido melhor ou pior no final das contas feitas. A Elka (Beijo enorme para a minha amiga do coração) costuma dizer que eu tenho uma costela suícida (ela também, mas são outras estórias :p ). Essa expressão dá-me alguma vontade de rir, mas não deixa de ter o seu fundo de verdade. Sempre lutei pelo que quis, sempre dei saltos de fé... sempre acreditei e segui... e se não ia a bem, como eu queria, eu empurrava.
Hoje em dia apercebo-me de que mudei. Se tenho que aguardar, se tenho que largar um desejo, porque a luta não surte o efeito desejado... se tenho que ceder nalguma coisa em que acredito... ainda vacilo... ainda fico ansiosa... porque a minha tendência natural é lutar. Percebo que me é dificil parar e conseguir distinguir entre aquelas situações em que é necessário insistir para surtir o efeito desejado ou aquelas em que é melhor aguardar ou até desistir definitivamente, mas já sei aceitar... já sei gerir estas situações com uma serenidade que não existia em mim!
Acho que a palavra rebelde me assenta bem, mas sei que a minha rebeldia já é bem mais controlada e direccionada do que era. Foram precisos quase 30 anos para eu chegar ao ponto em que consigo lidar com um não, um talvez e com os impasses, percalços ou rupturas duma forma completamente diferente. Lembro-me de momentos em que para lutar pelo que achava uma injustiça ou por algo que acreditava que valia a pena praticamente empenhava toda a minha energia na luta e o resto da minha vida andava a meio ou a quase nenhum gaz.
Só notei que havia mudado quando me deparei com uma situação especifica este Agosto. Algo em que eu instintivamente e do fundo do meu coração acreditava revelou-se ser totalmente diferente... e eu em vez de lutar aceitei... aceitei a ordem que o universo estabeleceu e aceitei o livre-arbítrio das pessoas envolvidas. E além de ter aceite nem sequer me revoltei...
Aí apercebi-me do quanto cresci, do quanto evolui. Consegui domar um pouco da minha rebeldia interior e agradeço do fundo do coração à minha essência essa evolução, pois isso trouxe-me uma paz imensa...
Esta mudança e muitas outras que aconteceram ao longo da minha vida, tenho que agradecer às pessoas com as quais me cruzei, mesmo àquelas que me magoaram. Não me esqueço que muitas vezes no passado me disseram que os nossos maiores inimigos são os nossos maiores aliados. Hoje percebo o porquê! Todas as quedas, as chapadas, os tropeções, as partidas e as maldades que me fizeram levaram a que, em conjugação com as coisas boas que me aconteceram, seja quem sou hoje.
E eu sou alguém de quem me orgulho ser!
É isto que me motiva a levantar a cada dia e sorrir, procurando ser feliz a cada minuto.
É isto que distingue este período da minha vida em relação ao resto. Não aconteceu dia 9 de Setembro quando fiz 30 anos, mas foi algo que se manifestou em 2010, no ano em que fiz 30.
Agradeço as dádivas de cada dia... agradeço os anjos com que me cruzo a cada diz... aqueles de carne e osso e os outros...
Sou feliz e sei que o meu futuro vai ser maravilhoso, porque eu mereço.
Sentir tudo isto é o que me distingue em relação a uma grande parte da minha vida, porque embora tivesse muita vontade de ser assim, nem sempre o sentia no fundo do coração.
Isto não invalida que como qualquer ser humano não tenha momentos de maior tristeza ou não me sinta perdida... eu sempre acreditei que a vida na terra servia para evoluirmos a cada dia e hoje ser mais evoluida do que ontem, não quer dizer que não tenha nada mais para evoluir no amanhã.
Por mais perfeita em relação ao passado que me sinta, não deixo de ser cheia de defeitos e pormenores para trabalhar em mim...
Mas hoje sorrio em pleno e digo: gosto de mim e gosto da minha vida.

Aceitarem-me como sou... sem tirar nem pôr!

Vagueio uma vez mais pelo meu ser, interiorizando acontecimentos que se dão, tentanto perceber as emoções que se despoltam... em introspecção, para me encontrar uma vez mais e tornar-me mais forte... ainda mais forte.
Volta e meia vêm estes períodos em que quase sinto falta de parar e de me isolar para conseguir dar conta dos fios pendurados que por obra de tudo menos acaso são puxados e deixados à solta.
Estou com maior renitência do que o habitual para o fazer...
Custa-me mais do que habitual estar só... como se existisse em mim um receio de que os fantasmas da solidão despertassem e me assombrassem de novo. Não quero mais passar por essa estrada sombria... escura e fria. Talvez seja cobardia... mas quando penso nisso parece que me torno criança de novo e deixo de ser, por momentos de hesitação, por mais curtos que sejam, a mulher forte e independente que sou. Então a um pedido de ajuda que seja fujo de estar comigo própria, o que sei que me faz fugir daquilo que tenho que trabalhar.
Escrever sempre foi a minha maior terapia e recorro agora como forma de pedir quase um milagre, que as palavras que derramo no papel e os momentos em que me encontro com a minha essência, enquanto escrevo, sirvam para que me encontre e para que trabalhe o que tenho a trabalhar...
Sei que me aceito tal e qual sou... amo-me tal e qual... cada ponto, cada vírgula do que sou, cada característica, cada tendência... cada experiência vivida. Mas existe um medo em mim, com o qual não estou a conseguir lidar! Tenho medo que algures não exista alguém verdadeiramente capaz de me aceitar e amar como sou. Mais do que as bagagens que possa carregar, até porque todos as temos, sou diferente e o que faço da minha vida, mesmo a minha maneira de estar é muito diferente da maioria! Além disso, não quero, nem sinto que vá encontrar alguém que seja como eu, semelhante a mim. Sempre senti que a pessoa que ficaria a meu lado teria de ser alguém mais terra-a-terra para me conseguir equilibrar! Sinto falta de alguém que me chame à terra e me ajude a ter mais uma ou outra actividade dita normal, se não eu perco-me em mim e no meu mundo de energias... do mais simples ir ao cinema, ao teatro, a um concerto. O meu maior medo é que, como até então me aconteceu, eu afugente quem se queira aproximar... e continue a assustar quem possa até se interessar...
Não sou uma pessoa fácil... com a agravante de que tenho dificuldade em me interessar por alguém... mas vou acreditar na minha mãe e na expressão fantástica que utiliza que tem qualquer coisa a ver com cada panela ter uma tampa... eheheheh! Vamos acreditar que eu não vou ficar ofuscada com tantas ou tão poucas tampas e acabo por ficar destapada... shiiiiii... metáfora estranha!!!!
Bem vou é ser uma menina linda... corajosa... e trabalhar em mim o que tenho a trabalhar... o resto virá por acréscimo... Seja o que Deus quiser!

sexta-feira, junho 18, 2010

Algo escrito há muitos anos!!!

Em 1999 comecei a escrever algo a que chamei de Divagações...!
Hoje releio aquelas 100 páginas e muitas vezes me comovo por perceber o sofrimento pelo qual passei, as dores que carregava e me consumiam...
Hoje sou diferente, embora na essência muito seja igual...
... Sou hoje o claro resultado da resolução daqueles conflitos interiores!

Partilho um pouco.


... quem sou eu???

Força.......... o que é isso? Já não sei o que é nada... ando aqui por andar... talvez em busca de um ideal que ilustrei tão bem dentro de mim... que já não sei, ser real ou construção.
Ando aqui a ver luzes que se apagam pelo caminho, à minha volta, portas que se fecham, pelo apiadeiro, ficando um caminho cada vez mais escuro e deserto à minha frente. E eu caminho, uns dias, alegre como uma pétala dourada, de uma flor que brilha na aurora... outros mais cabisbaixa... arrastando-me na minha cama em pensamentos que não me fazem sair de cais algum... pois teimo em remar de navio atracado... com as amarras bem presas na teimosia de um só espírito.
Ai como eu choro...
Foi me dado o dom, ou castigo, não sei como lhe chamar... de chorar interiormente. É raro verem verter deste olhar uma lágrima que seja... quando isso acontece tal é a dor que não o posso descrever com palavras...
Sento-me num recanto do quarto que me foi designado... talvez pelo conselho de Deuses que se desenha nas linhas do quadro de um famoso pintor... nos confins de um paraíso que pinta toda a nossa vida.
Sento-me... no silêncio da escuridão que se ouve no sussurrar do momento, tecido por entre as teias do tempo...
Sinto-me estranha... talvez como um fantoche movido pelas cordas de alguém que gosta de ver um permanente sorriso... mesmo em pautas sem cor... daí me ter comprado numa qualquer loja... naquela pilha de bonecas, no cesto dos defeitos...
Sinto-me... numa calma serenidade me imposta pela amargura do real que me acordou dos doces sonhos.
Choro...
(sem razão aparente...)
Choro... simplesmente...
Paira sobre mim... o olvidar da minha repentina mudança! Desde quando se congelou uma parte da minha sentimental alma... solidificando-se em agri-doce gelo?
Queria tanto eu... partir as espirais de emoções e sentimentos que me consomem como fogo... e que se esvaem, lascivamente, por entre os meus dedos...
Pensava eu que a minha revolução tinha acabado e começado num só ponto da minha consciência. Engano meu! É continuada... arrastando-se pelo despir dos momentos... rasgando a condição escondida perdida por entre os cinco principais elementos.
Não sei quem sou!
Se num segundo sinto gelo... noutro sinto chama...
Vivo na inconstância de um estranho Ser que vive lutas constantes... num só estádio, com um só jogador.
Dói-me querer-te num dia... adormecendo na ternura de um sentimento que te oferta num sonho meu... Acordando, noutro, numa rude frieza... imposta por mim mesma ... Balançando-me num plano de incertezas e inseguranças que se guardam nas minhas entranhas... sem serem sequer faladas.
Este é o meu cenário...
... pelo menos no presente segundo, de um breve minuto... que já passou mal acabei de escrever a última letra... da última palavra... seguida de alguns pontos, não bem porquê...

Viver com a alma


Apetece-me escrever quem sou… mostrar a minha verdadeira essência… nua, sem pudor, mas não encontro palavras. Resta-me ser… e quem tiver audácia, olhe-me de frente... e beba um pouco.
Muitas pessoas já me disseram que escrevo com a alma, eu corrijo… eu vivo com a alma. Faço questão disso, desde que aceitei viver uma vida mais… por aqui…
Escolhi ser feliz a cada minuto… saborear cada momento… ser a cada passo, construindo o meu caminho. O caminho da Carla…
Sou uma privilegiada acima de tudo, mais do que todas as pessoas que se cruzam comigo (que também o fazem) o universo mima-me… concretiza os meus desejos por mais simples que sejam, às vezes só pela manifestação tonta do meu querer… o que agradeço do fundo do meu coração.
Numa leitura de aura há uns anos apelidaram-me de feiticeira… sem compreender, rejeitei a ideia. Hoje assumo-me como feiticeira… não no sentido que lhe dão por tendência, mas como feiticeira dos meus desejos e sonhos.
Amo o meu caminho a cada passo, amo quem se cruza comigo, e amo o trabalho que faço em mim e nos outros intencionalmente ou sem intenção…
O acto de viver verdadeiramente… viver com a alma é mágico!
Experimentem um dia que seja…
Digam o que vos vai no coração… façam o que o instinto manda… acreditem que merecem tudo de bom que a vida tem para vos dar e assumam que tudo isso está a chegar…
Mesmo que sejam incompreendidos… mesmos que vos olhem com um ar desconfiado, ou até assustado, não hesitem, é compensador…
Quem estiver verdadeiramente preparado para vos ver como vocês são ficará a vosso lado.
Não temam em ficar sós, porque nada disso acontecerá… basta confiar… ser quem somos verdadeiramente só nos trará mais pessoas e mais situações que vão ao encontro dos nossos desejos e necessidades.
As mudanças ocorrem não para nos castigar, mas para que consigamos direccionar-nos no caminho mais correcto… por mais que pareçam duras… qualquer um de nós já teve exemplos disso na sua vida.
Por isso… vamos viver com a alma!!!!!

quarta-feira, junho 09, 2010

Pensar na pessoa em que te tornaste: um bom exercício!

A pessoa em que me tornei
Olho para atrás e longo foi o caminho percorrido. Tenho que admitir que sempre amei o meu interior, não sei explicar o porquê, mas sempre aceitei e gostei da minha maneira de ser por mais estranha ou diferente que fosse.
O corpo físico já tive mais dificuldades em aprender a amar, mas sei que a cada dia o faço com mais intensidade e mais carinho. Lembro-me dum período em que tinha dificuldades em olhar-me no espelho, dias em que gostava do que via, mas outros em que detestava completamente, aliás chegava a rejeitá-lo. Depois com alguma aprendizagem e mais pelo que diziam do que pelo que sentia comecei a mudar. Tenho que agradecer às pessoas que se cruzaram comigo e que foram capazes de me ajudar a perceber a minha própria beleza exterior. Amarmos o nosso corpo é crucial para o nosso equilíbrio, para a nossa confiança… para o modo como nos relacionamos com os outros.
A minha descontracção extrema como muitos me dizem vem desta aceitação. Sou como sou e gosto de quem sou… amo cada passo que dei, cada queda, cada vitória… amo cada defeito e cada virtude… aceito tão bem as minha luz, como as minhas trevas e é isso que me faz sentir feliz. É isso que faz com que seja a Carla.
Sou um ser de contradições com muita coerência interior… só quem me conhece é que entende. Amo a pessoa em que me tornei… guerreira… lutadora, mas tão frágil quanto forte. Tanto tenho de menina, como de mulher independente e segura. Tanto tenho de espiritual como de racional e até céptica… extrovertida e reservada.
Hoje cada vez que acordo sorrio ao espelho… independentemente de ser um protótipo de beleza ou não, isso é me indiferente… porque sinto-me bem na pele da Carla, por dentro e por fora.
Amo a pessoa em que me tornei… amo a pessoa que sou!

quarta-feira, maio 12, 2010

Introspecção

Tenho que agradecer ao Universo…
Ultimamente o Universo tem-me dado das dádivas mais preciosas que podem existir… pessoas especiais que têm surgido no meu caminho e que me têm dado doses industriais de carinho e amizade… para não falar de ajuda prática no meu dia-a-dia.
Eu sou das pessoas mais “aluadas” que podem conhecer, mas sinceramente acho que é algo que já não tem solução. Melhor exemplo do que eu ir reunir um grupo para fazer uma actividade, cujo objectivo principal é entregar os diplomas dos workshops que eu fiz no Março Jovem, e levar tudo menos os diplomas!?!? A minha sorte é que o Universo põe no meu caminho pessoas que me auxiliam, duma forma tão natural e altruísta que faz com que tudo corra pelo melhor.

Há uns dias entrou um Sr. no meu local de trabalho que dizia “Oh Meu Deus… as pessoas são cada vez mais infelizes… as vidas delas estão cada complicadas!!!”… e mais uma ou outra frase extremamente “animadora”. Eu muito calma disse-lhe que muito pelo contrário… a minha vida estava cada vez melhor… eu sentia-me cada vez mais feliz e cada vez mais perto de concretizar os meus sonhos e desejos. Ele ficou um ou dois minutos a olhar para mim e a única resposta foi dizer que ficava feliz por mim… mas logo saiu da porta e foi para o gabinete seguinte lamuriar-se no mesmo tom que já tinha usado comigo inicialmente.
No meu dia-a-dia oiço o mesmo tom, na mesma faixa energética negativa… do “está tão mau”… "tão difícil"… “é tão triste”… “onde vamos parar”… que muitas foram as vezes em que saí quase de rastos para casa… energeticamente desgastada… e acreditar em tudo isso. Numa das últimas sessões colectivas que fiz no Centro de Emprego para pessoas com mais de 50 anos, uma Sra. no fim perguntou-me se eu fazia aquelas sessões todos os dias, porque se fizesse apostava que não tardaria a ser tratada duma depressão.
Isto para chegar à conclusão que meio mundo vive num mundo feio, triste, duro… e que leva a vida como um sacrifício.
Mas eu não me coloco nesta categoria... mas levei alguns anos até chegar onde estou e só cheguei a este ponto à beira dos 30 anos. Lembro-me de 3 fases na minha vida e olhando para atrás as duas outras fases parecem mais vidas passadas do que relacionadas com esta vida.
Até aos 18 anos sobrevivi… a tentar que chegasse um dia em que me sentisse feliz verdadeiramente.
Em meados dos meus 18 anos o meu pai foi adoecendo até falecer em Dezembro de 1999. E nesse período tudo mudou! Não consigo dar um nome único e específico a este período da minha vida… mas decorreu até sensivelmente ao ano passado, até Agosto de 2009. Aconteceram milhentas coisas diferentes nestes anos todos, mas a postura sempre foi igual… descobri que tinha que ser feliz no meu dia-a-dia… e era-o em muitos momentos. Porém sempre procurei a felicidade no meu exterior durante estes anos todos… para não mencionar no facto de lutar desesperadamente para encontrar paz interior… e para encontrar o meu lugar no mundo. Se me dissessem para escolher uma ou duas palavras para este período eu diria luta… e procura de fé. Isto porque com a morte do meu pai eu perdi a fé, esquecendo-me inclusivamente do que era ter fé…
Em Agosto de 2009 encontrei-me… não aconteceu tudo nesse dia… digamos antes que nesse momento tudo se encaixou!
Encontrei-me por entre a meditação… as terapias… os verdadeiros amigos… depois de mais uma ruptura na minha vida. Perdi alguém, para me ganhar a mim como sou hoje. Mais segura, mas mais certa das minhas limitações… tanto sensível como forte, aliás até mais consciente de que sou mais frágil do que forte, mas que quando preciso sou detentora duma força insuperável.
Dei por mim a ser terapeuta… a dar cada vez mais workshops, a dar aulas de meditação… feliz, com uma fé que me guia a cada dia… a viver, finalmente, e no sentido literal da palavra.
Continuo a viver um dia de cada vez… faço questão de o fazer… com a maior intensidade que possa. A dar-me aos outros e a receber destes o que possa e o que me dão. Mas acima de tudo percebi que a felicidade é em mim e de mim que parte e não o contrário... ela pode ser fomentada por factores exteriores, mas não pode daí se alimentar exclusivamente.
Uns dizem que sou dada de mais… outros acham que sou estranha… outros habituaram-se e gostam de mim como eu sou. Encaixei-me finalmente neste mundo… amo quem sou… e faço questão de vivenciar a minha essência a cada dia, o que me dá um gozo enorme.

Falta-me muito caminho para percorrer… muito trabalho, muitas aprendizagem… mas estou no meu caminho e sei que estou onde devo estar… e como devo estar…

Não pensem que não tenho momentos de tristeza ou momentos de crise, a diferença é que me agarro com toda a força e valorizo ao máximo o que é bom… o que me faz feliz… e cada vez mais ponho de parte o que vai menos bem… ou mais ou menos, ou até mau… acreditando com toda a fé que brevemente tudo correrá nesses sectores pelo melhor.
Querem saber se resulta?!?
Resulta e bem… o Universo a cada dia traz-me as respostas e as soluções… podem não ser tão rápidas como anseio, mas vêm e o que eu noto é que vêm quando devem, pois antes não faziam sentido.
Desde que assim vivo nada me faltou, tudo se resolveu e eu acredito que é por eu em cada vez mais momentos da minha vida vibrar em energia de luz, de fé, de amor…

Sou feliz…

O meu único problema neste momento é conseguir ter tempo para fazer tudo o que gosto... e estar com todas as pessoas que desejo e que me são queridas, ao mesmo tempo que trabalho e trato de quem me bate à porta e solicita a minha ajuda.
Tenho que pedir perdão a quem não tenho dado a atenção devida... e aqui incluem-se amigos, familia, até me incluo a mim própria, mas faz parte dum período de transição...
Hei-de não tarda trabalhar exclusivamente daquilo que gosto e aí terei todo o tempo do mundo... até lá vivo feliz com o meu dia-a-dia, de momento em momento...

sexta-feira, abril 09, 2010

Anjo da Guarda: Anjo Seheiah

Apresento-vos o meu anjo da guarda. Meu e de todos os que nasceram a 09/09 e ainda a 02/02; 16/04; 28/06; 21/11.

Há já muito tempo, movida pela minha curiosidade, fiz uma consulta de contacto com este anjo, foi muito interessante, mas mais por descobrir quem era Seheiah, do que pelas informações fornecidas. O contacto com os anjos é uma situação extremamente íntima e pessoal e o fascinante está mesmo na prática em si da comunicação estabelecida. Cada um de nós deve descobrir o seu anjo da guarda e aprender a comunicar com este. Ele espera que lhe confessemos os nossos desejos e planos para que nos possa ajuda. Não há regras nem receitas para o estabelecimento desta comunicação, à excepção talvez de que o devemos fazer com fé e sempre centrados no nosso coração… em postura de amor.

Desafio: A quem tiver uma boa dose de imaginação e outra boa dose de audácia convido a partilhar aqui formas como comunicar com o anjo da guarda.

De seguida partilho informações sobre Seheiah, para os mais curiosos:
ANJO SEHEIAH - Deus que cura os doentes

Dias de actuação: 02/02; 16/04; 28/06; 09/09; 21/11.
Horário de actuação: 9hs às 9h20min
Dia da semana: quinta-feira
Salmo 70, versículo 15

Este anjo auxilia contra os tormentos, as doenças e os parasitas. Protege dos incêndios, da maldade e ruína dos negócios. Favorece a vida longa.

Influência: Quem nasce sob esta influência tem bom senso e age com prudência e sabedoria. Autêntico, verdadeiro, consegue sempre sair-se bem nas situações mais difíceis, devido às ideias luminosas que surgem repentinamente, com a ajuda do seu anjo. A sua força espiritual está intimamente ligada aos anjos curadores e mesmo sem saber, de forma inconsciente, ajuda a melhorar o sofrimento humano. Tem pressentimentos quando o assunto diz respeito a viagens. Se seu coração diz não é melhor ouvi-lo.
Seheiah corresponde ao vigésimo oitavo nome de Deus e ajuda-nos a reconectar-nos com o nosso Eu Superior e a nossa verdadeira essência.

Decreto do Anjo Seheiah
Eu Sou a Força que brame nas vossas origens.
Eu Sou a fonte de compreensão da vossa natureza.
Eu Sou a Origem sobre a qual descansa a vossa dualidade.
Eu Sou a Fonte sobre a qual descansa a vossa unidade.
Eu Sou a Vida. A Vida presente no Mistério da Vida.
Eu Sou o Mistério da Vida, dado à vossa compreensão para integrar a dualidade.
Eu Sou a Força Primeira materializada na vossa matéria.
Eu Sou a essência sobre a qual descansa o vosso corpo.
Eu Sou a Energia Vital que constrói todas as coisas.
Eu Sou a casa, a casa do vosso bem-amado Irmão Maitreya.
Eu Sou a residência que constrói a Iluminação do vosso planeta.
Eu Sou a Luz presente na Sombra.
Eu Sou a Sombra, origem da Luz.
Em mim residem todas as coisas.
Em mim se obtém a compreensão do vosso caminho.
Em mim se reencontra o estado de ser Divino.
Eu Sou o Caminho, o Caminho do Alquimista.
Eu Sou a estrada, a que contém todos os sofrimentos, todas as misérias por serem mal compreendidas.
Eu Sou o Alinhamento, o Alinhamento a Deus.
Olhem. Olhem o vosso corpo. Eu Sou o vosso corpo.
O vosso corpo está em mim e sem o vosso corpo, não podeis voltar à Casa do Pai.
Honrem o vosso corpo feito numa homenagem à Força do Pai.
Eu Sou a Força.
Eu Sou Seheiah, eu te bendigo.

quinta-feira, abril 08, 2010

Fecho para obras...

Não sei se escreva se me deixe estar quieta...
Porque já sei que o daqui vier vem nu, cruo e duro...
Metade da minha existência, se não mais, sempre me dediquei aos outros e sempre pus tudo e todos à minha frente.
Depois da queda final, marcada pelas quedas sucessivas... veio o desgaste... depois o isolamento... do isolamento veio o tratar por tu a solidão, até chegar a amá-la em detrimento do mundo exterior.
A seguir abandonei a minha conchinha e voltei a errar! Quis-me dedicar, não a todos, ao contrário de anteriormente, mas a quem escolhi e a queda foi outra vez imensa, embora eu não o tivesse achado... pois no passado as feridas foram tantas e tão sucessivas que com certeza ficara anestesiada.
Sou uma boneca de trapos... remendada... a cada momento do meu passado... pois quando sofria ou me magoava, em vez de me socorrer esquecia... e fazia pelos outros o que devia fazer por mim. Assumir as minhas limitações sempre foi algo que não consegui fazer e se alguém vê em mim alguma fragilidade, até há pouco tempo eu não o percebia, tal a capa que criei para mim mesma de lutadora, de salvadora... de tudo menos vítima...
Levou tempo, mas descobri que tenho um talento inato para tratar dos outros... mas não de mim!
Tenho estado a mudar isto progressivamente, mas as marcas do passado impõem-se e gritam para serem curadas... e só há pouco tempo me dediquei a fundo a esta tarefa.
Fechei para obras... de forma a daqui a uns dias... semanas... ou meses (é um trabalho sem prazos definidos) abrir com as restruturações concluídas.
Decidi ir aos alicerces e finalmente tive a ousadia de enfrentar o estado interior... não é muito bonito de se ver... muito menos de sentir...
Mas o renascimento será compençador...

segunda-feira, abril 05, 2010

Diário de bordo: Viagem a Tavira (Páscoa 2010)

Um carro trocado, uma casa emprestada… duas personagens principais.

Quinta-feira dia 1 de Abril de 2010

Destino: Tavira, em direcção a alguns momentos longe da rotina diária.
Intenção: Fim-de-semana Zen.

O que interessa reter primeiro é o espírito da viagem: deixar para atrás as rotinas, as responsabilidades, as preocupações e lançarmo-nos à estrada… para o mais longe possível… que o dinheiro e o tempo disponíveis possibilitavam.

Um carro cheio… com duas mulheres e bagagens a mais.

Quatro horas de viagem… por entre gargalhadas, muitos disparates, conversas improvisadas… cantorias… terras com nomes que caiem no ouvido, tipo Monte das Pitas e Perna Seca… café e bifanas com um amigo que se cruzou connosco com destino inverso…
Milagre a assinalar… conseguimos não nos perder o que, para quem não nos conhece, é algo inacreditavelmente raro. Sendo que aqui tenho que fazer um reparo, embora nos percamos, chegamos sempre ao destino.
Pelo caminho encontramos a carrinha dos meus sonhos, daquelas carrinhas Volkswagen antigas, do "Peace & Love”… mas eu descobri que, a comprar uma, tinha que lhe pôr um motor novo, aquilo não passava dos 70 Km/hora, o que ia dar cabo do meu sistema nervoso em três tempos.
Mas o melhor da viagem estava para vir, a chegada…
Tudo muito bem planeado como sempre… ahahaha! A notar que isto é um síndrome típico da Carla, altamente contagioso, de tal modo que já consegui pegar à Ana.
… chegamos à urbanização e quando fomos à recepção depara-nos com a primeira dificuldade: não sabíamos o nº da porta da casa para que nos dessem a chave. Prática… a Ana, que já lá tinha estado, foi até ao local e lá viu o número. Na recepção acabaram por nos entregar a chave com ar de algum gozo e depois de uma ou duas piadas um pouco forçadas.

A segunda dificuldade: abrir a porta. Devia ser de estar fechada há algum tempo ou então não… talvez fosse só da nossa falta de jeito. Só sei que estivemos cerca de dez minutos, se não mais, de volta da fechadura… tentava uma, tentava outra… roda para um lado e para o outro, a puxar e a empurrar a maçaneta… de rabo para o ar a olhar para a fechadura, como um burro a olhar para um palácio. Depois de desesperar… e de já ponderar que a única forma de ter resultados era pedir ajuda… quando era noite cerrada e não se via vivalma… lá a Ana se inspirou e, não se sabe como, abriu a porta… para nosso alívio. Há que dizer que a partir daí a porta não ofereceu mais resistências.

Carregamos as malas e limpamos a casa… e uma vez mais tive a prova de que sou uma flor de estufa… fiquei com falta de ar e tive de usar a bomba! (A minha explicação é simples, eu nasci para ter empregada de limpeza, Deus nosso Senhor é que se esqueceu de me atribuir uma conta bancária à altura).

Terceira dificuldade: gás. Já com fome decidimos fazer o jantar. Perante o fogão, já com os ingredientes preparados, o bico não acendia. Então, lembramo-nos que se devia ver da bilha do gás. A Ana foi à rua (onde a bilha está) e depois de mais uns dez minutos de “Já está?!?” e “Não!!!!” e uns quantos momentos em que a Ana, com falta de fé em mim (sabe-se lá porquê), vinha confirmar se aquilo não ligava mesmo… lá se lembrou que devia haver uma torneira de segurança. Após termos descoberto a dita torneira, desesperamos alguns minutos até finalmente o gás chegar ao fogão. Tudo correu bem até eu procurar uma frigideira. Como a Ana diz, tive uns breves momentos em que achei que estava em casa de novo e queria desde uma frigideira anti-aderente… GRANDE… a colheres de pau… para não falar num saca-rolhas à altura da nossa falta de jeito para abrir garrafas de vinho. Resultado: sujei o dobro da loiça que é normal, as salsichas ficaram pegadas ao tacho e metade da rolha ficou dentro da garrafa com um buraquito no meio por onde vertia o vinho! Mas o jantar ficou óptimo.
Receita: salsichas, com rebentos de soja, pimentos, cenoura ralada, amêndoas, com molho de soja e vinho. Não tem nome, porque foi uma invenção minha, à pressão de não ter paciência para pensar muito no que fazer para comer e farta de saladas de improviso (aquelas coisas que quem vive sozinho percebe...).

Quando decidimos que devíamos tomar banho encontramos a dificuldade mais desesperante: o esquentador. A Ana tentou com fósforos, sem fósforos, com os botões de todas as formas imagináveis e não conseguiu ligá-lo. Tudo se deve claro às novas tecnologias… pois ambas temos esquentadores inteligentes.
Já estávamos a ponderar dormir assim... com uma birra imensa e medo de acordarmos coladas uma à outra de tão pegajosas que estávamos. Mas lá nos conseguimos distrair a fazer a cama e a pensar em alternativas para o banho no dia a seguir. A água estava gelada, o que punha de parte automaticamente a hipótese do banho de água fria. A Ana já ponderava seriamente em, no dia a seguir, tomar banho na piscina, o que a mim não me agradava igualmente… a água continua a ser fria e eu não posso levar o champô, amaciador e o gel duche. Desenrascada e sempre muito optimista, perguntei se a piscina não tinha balneários e como a resposta foi negativa… revoltei-me e fui eu tratar de acender o esquentador.
Lá estava eu a olhar para aquele aparelho branco, com montes de botões e a bendita torneira de segurança correspondente. Até me sair com a seguinte observação “Epá, para quê um esquentador com tantos botões?!?”. Claro que a Ana morreu a rir. Mas, em minha defesa, eu tenho que salientar uma vez mais: o meu esquentador é inteligente, se olhei para ele alguma vez não me lembro… eu tenho gás canalizado, o que quer dizer que as bilhas de gás também são um mistério para mim… para além de que estas pequenas coisas me passam ao lado, por natureza… eu admito: sim, eu sou um tanto ao quanto desligada do mundo real. Conclusão, desisti e disse à Ana para ligar a alguém que ajudasse! A Ana ligou a uns amigos que também já tinham estado naquela casa e lá lhe deram as instruções que ela já tinha tentado aplicar… mas dessa vez o esquentador acendeu. Para nossa felicidade…

Quinta dificuldade: a luz da casa de banho. Não existia luz na casa de banho, só no armário, tipo farmácia, que fazia mau contacto e não acendia, só piscava de vez enquando. Resultado: banho às escuras e tarefas normais de casa de banho feitas de porta aberta. Mas nada que não se levasse… com descontração e sentido de humor.

Perante tudo isto já não tivemos coragem de sair à noite… já era bastante tarde e nós estávamos estafada. Acabamos por ir dormir…
Eu, como é hábito, tenho problemas com a temperatura… custa-me a aquecer e não consigo dormir enquanto não estiver quentinha. Já estava a ponderar pôr a roupa toda em cima de mim (que a Ana goza, dizendo que é toda muito grande!?!), quando optei por me enrolar bem na roupa da cama e lá aqueci, acabando por adormecer.
A única parte triste de quando acordava durante a noite era ver a Ana… ao invés de algum espécimen mais adequado aos meus gostos. Mas pronto… nesses momentos pensava com força “Fecha os olhos e sonha…”. Claro que isto também deve ter acontecido com a Ana…

Sexta-feira dia 2 de Abril de 2010

Tomamos o pequeno-almoço em casa, depois de ir comprar pãozinho...
Estava um dia lindo, então fomos para a piscina apanhar sol… de biquini, como se fosse verão.
Como estávamos quase a fritar ao sol, e não tínhamos protector, decidimos ir conhecer a aldeia (acho que é uma aldeia…) onde estávamos: Cabanas de Tavira. Estava tudo fechado, mas lá andámos a passear pelas ruas e ruelas.
Antes de irmos ao centro de Tavira, fomos almoçar a casa que nem umas meninas lindas que não querem gastar muito dinheiro.
Andamos a passear dum lado para o outro, sendo que as partes que mais gostei foi a beira rio… e o Castelo.
No Castelo fizemos uma meditação, sentadas num muro, uma voltada para a outra, de olhos fechados, enquanto eu orientava a meditação. Escusado dizer que só correu bem com muito esforço, porque o sítio, até então vazio, começou a ficar cheio de pessoas… uns que tentaram fazer silêncio, outros que nem por isso… e que acabavam por sussurrar, entre risos… chegámos a ouvir máquinas fotográficas. Provavelmente isto quer dizer que andam umas fotos nossas algures em Espanha… para confirmar como os portugueses são estranhos.

Entretanto perdemo-nos a fazer compras (como qualquer pessoa normal que não quer gastar dinheiro?!?)… por entre aquele tipo de lojas que só existem em Tavira: lojas de lembranças e Chineses… que eram as únicas abertas na Sexta-feira Santa. Isto claro quer dizer que conseguimos aumentar a bagagem transportada!

Passamos por um café que vendia ginjinha e ficámos de lá passar depois de lanchar. Entramos numa pastelaria com a empregada de balcão mais simpática que alguma vez vi… de tal forma que, se o olhar matasse eu já não estava aqui a escrever isto. A senhora não tem desculpa, nem mesmo depois de eu querer saber alguns sabores dos “mil” bolos que existiam na vitrina e ela não concordar comigo que o bolo de alfarroba tem um sabor parecido com o bolo de chocolate. Comemos duas belas fatias de bolo e um galão, depois de os limpar energeticamente, pois com aquele ar de poucos amigos, todo o cuidado é pouco.
A Ana acobardou-se e não quis beber a ginjinha a seguir com medo dos efeitos adversos que pudessem advir da ginja por cima do galão.

Voltamos para casa e preparamo-nos para sair a primeira noite. Como era tarde quando nos despachamos, fomos jantar fora.

Fomos até Monte Gordo e perante um vasto menu dum restaurante que nos chamou a atenção e só depois de reclamar os preços (esquecendo-nos por momentos que estávamos no Algarve) comemos um tradicional bitoque… que estava uma maravilha, por sinal!

Ironia ou não… fomos para tão longe, acabando por sair com pessoas conhecidas. É que nós até somos um pouco desligadas, mas há certas raízes às quais nos custa desligar, estando tão perto.

A noite foi muito divertida… fomos a um bar ouvir música ao vivo e a seguir a uma discoteca junto à praia… com um nome muito estranho e pessoas igualmente estranhas. Mas, como a companhia era boa e a caipirinha também, acabou por ser muito agradável.
Como habitualmente estávamos muito alegres, embora essa noite o álcool tenha ajudado um pouco…
Uma vez mais chegamos a horas indecentes a casa e dormimos poucas horas… rotina de fim-de-semana que nos é difícil de quebrar… mesmo quando o objectivo era ter um fim-de-semana Zen.

Quando acordei, o meu humor estava longe de estar no auge e longe de ser ressaca! Lá estava eu uma vez mais com humor à montanha russa, como eu carinhosamente decidi apelidar. Resumo da crise: não sei o que quero fazer, se quero continuar a seguir no sentido em que estou a ir ou fugir. Mas depois da Ana me dar na cabeça uma vez mais e depois de ter tratado de mim (com as minhas “coisas” espirituais) … sorri e decidi continuar no mesmo caminho, apesar de todos os sinais contrários. Eu devo ter talento para rumar contra a maré… pelo menos até a um determinado ponto…

O resto do fim-de-semana resumiu-se à agitação habitual… aquela tendência natural para não estarmos quietas e à descoberta de que o que gostávamos mesmo era de ser nómadas… andar por aí... a saltitar de terra em terra.

Retorno

O retorno foi bem mais difícil do que a ida. De regresso às nossas origens fizemos o que conseguimos fazer melhor: perdermo-nos. Há que salientar que desta vez não tivemos culpa: más instruções (mas, nós conseguimos sempre arranjar uma desculpa plausível). Andámos aos papéis durante uma hora em Albufeira… entravamos e saiamos por sítios completamente diferentes… a tentar encontrar a N125. Descobrimos com esta viagem ao Algarve que a máxima de quando uma tabuleta desaparece se deve seguir em frente, pelo menos ali não se aplica. Além de haverem muitas rotundas pelo meio, que não facilitam, adorei a parte em que chegada a um cruzamento, se seguisse em frente, ia ter à “Quinta do Zé Manel”. Mas pronto, perante esta perspectiva e pelo facto de não se poder virar à esquerda, lá seguimos para a direita e encontramos o caminho de volta.

O resto da viagem foi pacífica, não apanhamos trânsito nenhum e chegamos sãs e salvas.

Grandes lições

- Eu e a Ana não devemos ir de férias sozinhas… desde o primeiro dia que descobrimos que irmos sozinhas, sem nenhum homem, não resulta muito bem.
- Não dá para fugirmos nem dos nossos sentimentos nem conflitos interiores, eles perseguem-nos. Não vale a pena tentar pôr uma boa dose de km entre nós…
- Eu tenho que conseguir engrandecer a minha conta bancária para irmos antes para um hotel, assim, a Ana não levanta pó com a mania das limpezas, nem se põe a usar lixívia, nem sonasol… o que quer dizer que poupo um ou outro ataque de asma na minha vida. Para além disso, aí já não tenho que pensar na inteligência do esquentador, nem em torneiras de segurança nem em bilhas do gás.
- Eu hei-de ser sempre uma pessoa Zen muito alternativa… não vale a pena tentar acalmar o que não é calmo por natureza, nem contrariar o que é em mim inatamente tranquilo e diferente. Isto põe em risco claro eu alguma vez conseguir ter umas férias verdadeiramente Zen, mas pronto… sou quem sou e tenho que me aceitar assim.
PS: Escrevi este diário de bordo aos poucos em viagem e o resto no nokinhas, o nosso bar de estimação... sentadas no sofá, como se estivessemos em casa.
Engraçado o universo trazer constantemente pessoas até mim que têm o mesmo modo de vida que eu... fazer do local onde estou a minha casa...

sexta-feira, março 05, 2010

simplesmente... a Carla.

Ultimamente estou a sentir uma sensação que só posso descrever como mágica. Sinto-me feliz duma forma como até então nunca tinha sido. Sinto-me feliz em ser quem sou e feliz por estar a fazer o caminho que faço...
Quem me conhecer verdadeiramente e sei que são poucos aqueles que me conhecem tal e qual como eu sou (Mea culpa! Porque embora pareça muito extrovertida, sou extremamente introvertida com as minhas coisas, aquelas que para mim são essenciais e fundamentais; e para alguém chegar aí é preciso alguma dedicação ou então uma empatia fora do normal!) sabem que a minha vida duma forma geral até aqui não terá sido muito fácil... alguns sobressaltos... umas quantas quedas... muitas transformações... muitas pontas soltas que parecem, por agora, não ter solução possível...
Mas desde há uns bons dias para cá que sinto uma paz imensa... uma paz que não vai embora! Uma paz que eu estou a adorar saborear a casa minuto.
Desde então tudo tem acontecido duma forma bem mais pacífica do que é normal... sinto-me mais calma, menos reactiva, mesmo profissionalmente! E ao invés disso me dar problemas, porque não me imponho e na minha área profissional isto, às vezes, é a diferença entre arrumar a conversa ou as coisas correrem muito mal... tudo se tem resolvido com mais calma e naturalidade.
Estou a adorar... e acho cada vez mais que encontrei maneira de estar e viver perfeita para mim... agora que encontrei paz percebo isso! Sou feliz assim...
Com mais algumas afinações profissionais, a seu tempo, e tudo ficará perfeito... e entretanto com a chegada do amor... pois agora sei que me sinto preparada para amar de corpo e alma... ainda será mais perfeito.
A ver se consigo explicar um pouco de quem sou ou de como sou...
Eu sou estranha o suficiente para estar uma noite em casa ou duas ou as que forem precisas porque preciso de trabalhar em mim... e isso quer dizer não estar contactável! Até ao extremo oposto em que só me apetece dançar, rir, beber uma cerveja ou duas, ou três... ou uns shots de tequilla (a minha perdição!)... estar com quem quero estar e com quem escolhe estar comigo... ou às vezes com quem o universo põe perto de mim, porque eu gosto pouco de planear e muito de deixar acontecer...
Tal como sou doida o suficiente para estar à tarde a dormir em frente ao mar, depois de fazer uma terapia a uma ou várias pessoas. E depois ir até casa vestir uma roupa sexy para ir ver uma banda de covers... não com o intuito de ir seduzir quem quer que seja... mas porque gosto de me olhar no espelho e sentir-me atraiente e bonita.
São capazes de me ver a abraçar uma pessoa que pouco conheço só porque sinto empatia... ou a falar sobre espiritualidade com alguém que eu mal conheço, mas que sinto que precisa de ouvir alguma coisa.
É provável eu desmarcar uma saída ou um café porque sinto que tenho que estar sozinha.
Tal como pode acontecer eu não insistir em conversar com alguém que não está muito bem, se sinto que essa pessoa tem que assumir que precisa de ajuda ou que precisa de perceber alguma coisa primeiro.
Sou capaz de chorar ao mesmo tempo com um amigo que desabafa comigo ou capaz de ser dura (embora por dentro me doa) para dizer o que este está a negar ou a tentar não ver...
Isto tudo porque eu gosto de seguir os meus instintos... e porque sempre que deixei de os seguir algo correu mal...
Não sei se sou muito diferente da maioria... muitas pessoas dizem que sim! Eu cinjo-me a ser quem sou, não o que é socialmente aceitável ou o que outros desejam que eu seja.
Assumo aqui peremptoriamente que gosto de quem sou... simplesmente... a Carla.
E até gosto do ponto da minha vida onde estou agora mesmo, apesar de saber que é apenas uma passagem... porque eu estou quase a chegar onde desejo!!!
Olho para atrás e a imagem que vejo da Carla do passado era sempre a lutar... até afligir! Sempre a sorrir porque tinha que me divertir... isso era mais do que obrigatório... mas tudo era conquistado a pulso, nada era fácil, nada era oferecido.
Aí sinto que mudei finalmente... não que não lute pelo que quero... muito pelo contrário, mas porque aprendi a aceitar algumas coisas como elas são... e porque aprendi que o melhor caminho para conseguir o que desejo não é nem pela força nem pela ansia... nem com o desespero que eu sentia que me chegava a sufocar.
As mudanças estão a ocorrer no sentido que eu desejo... dentro de mim e à minha volta e isso faz-me sentir uma felicidade nunca antes sentida.
A próxima coisa a tentar mudar... e que também espero conseguir a seu tempo... é um aspecto especifico da minha forma de estar com os outros.
Vou tentar explicar:
Eu vivo muito o que estou a fazer a cada minuto e é como se o resto desaparecesse. Um exemplo prático bem "tonto" para todos perceberem: saio à noite e estou conversar com alguém. Uma pessoa me faz uma pergunta sobre o que não sei quem disse ou o que alguém estava acompanhado com outra pessoa... e eu não vi nada, nem sei do que estão a falar e até podia estar a acontecer ao meu lado... isto porque estou a viver a conversa que estou a ter e é como se o resto deixasse de existir.
Isto para dizer que tenho uma grande tendência para me fechar no meu mundo do aqui e do agora... com quem estou e no que estou a sentir. Não que os outros deixem de existir para mim, porque eu os amo... penso neles e envio-lhes muito amor. Mas estou onde estou e o resto do mundo fica como se estivesse noutra dimensão à parte. Com isto sofrem tanto amigos, como família... sei disso!
Mas aqui peço um pouco de ajuda... eu estou cá é só ligarem, aparecerem e dizerem "Hello: Terra chama Carla!".
Sempre que penso nisso acho que tenho uma deficiência social qualquer ehehehehe!
Bem, mas há coisas piores... eu hei-de um dia aprender a fazer as coisas de maneira mais equilibrada e organizada... há sempre que haver aspectos em que temos que evoluir, se não qual a graça de tudo isto?!?

Agradeço esta foto maravilhosa ao Sérgio :D

Ainda não consigo transmitir em palavras o que esta foto me diz, tenho que parar uns minutos em contemplação. Mas vou fazê-lo e depois publico por aqui...