quarta-feira, outubro 25, 2006

Felicidade!

Agarrar a felicidade é impossível!
A felicidade anda por aí... à solta... sob diferentes formas.
Quando ela passa por nós,
devemos dar-lhe atenção:
acariciá-la,
fazê-la sentir-se bem-vinda...
...e deixá-la seguir o seu caminho
(de nada vale prendê-la!)
Isto para que esta volte sempre
cada vez com mais confiança,
cada vez com mais frequência...
Porque, assim, compreenderá o valor que tem para nós
e saberá que somos merecedores do seu amor...

sexta-feira, outubro 20, 2006

Perdida no tempo...


Amo tanto a vida que chega quase a ser sôfrega a vontade de degustar cada momento que esta tem para me oferecer...
Quero viver o possível, sonhar o impossível... mas nunca desistir sem lutar e depois insistir... para alcançar tudo a que tenho direito e quem sabe algo mais que venha por acréscimo!
Voar alto demais para depois cair... tudo faz parte do processo. O que importa é descobrir que para voar não são precisas asas, mas vontade de ir mais além.
Graças a Deus que não nasci anjo... gosto do mundo dos sentidos. Os prazeres profanos fascinam-me! O mero vento repuxando os meus cabelos me faz sorrir... o toque dum caloroso raio de sol através duma vidraça... o regelar da água do mar em contacto com o meu corpo... um gelado: hummm... café, stracciatella e caramelo... um abraço dum amigo... milhões e milhões de motivos para ser feliz.
Verter uma lágrima, mas saber sempre compensá-la com pelo menos mil e um sorrisos.
Deixar as portas do nosso coração escancaradas para que quem queira entrar não tenha que bater...
Ousar... mesmo que isso um dia nos possa fazer doer! A dor de não se ter tentado é mais difícil de suportar, do que a doçura das memórias do bom que foi ou do corajosa que fui em tentar ou mesmo do que consegui crescer depois de ter falhado...
Sem auto-conhecimento e crescimento a vida pouco sentido terá, parecerá mais um caminho, cheio de trilhos e cruzamentos, sem rumo e, por isso, sem destino que nos valha! De que vale construir um caminho se este nos leva ao vazio!?
Há que saber aceitar o que o destino tem para nos dar enquanto levamos o nosso caminho avante, como um viajante que sabe o que quer... mas, acima de tudo, que sabe quem é e porque assim se tornou...
Deste modo, de certeza que o destino será generoso... e levar-nos-à ao encontro do amor... nem que seja em forma de amizade.
Pode-se sempre fazer o resto do caminho sozinho, mas nunca será tão prazeroso quanto partilhá-lo com alguém que se ama!?

Não fosse o amor a forma mais sublime de viver...

terça-feira, outubro 17, 2006

Faz-te ao mar...

Faz-te ao mar... o meu mar!
Nem sempre calmo,
por vezes demais agitado.
Mas confia em mim
e na firmeza do teu barco.
Solta as amarras
e navega nos meus domínios...

quinta-feira, outubro 12, 2006

Evolução espiritual...


Viemos ao mundo com uma vida destinada, com todo o livre arbítrio a que temos direito.
Tudo com o objectivo de evoluir espiritualmente. O nosso Eu Superior... a nossa centelha divina está algures a reprogramar-se com as experiências da matéria, que o nosso Eu profano vai tendo na Terra.

Parece demasiado sofisticado, não é?
Mas se olharmos para a própria vida em si... não é esta igualmente sofisticada?!
Verdade ou não, se é exactamente assim ou com uns pormenores diferentes... talvez nunca o saberemos!

Mas será isso importante?
Para mim nem por isso...

Acredito que o objectivo da minha vida é tornar-me numa pessoa cada vez melhor. Agora se algures uma parte de mim, mais divina, vai ter direito a um upgrade por essa razão, não é assim tão relevante, pelo menos para a minha parte profana, aquela que vivencio a cada dia.

Não faz parte da minha caminhada responder a questões que há milhares anos se tentam responder em relação à condição humana, em vão ou sem certezas algumas. Faz sim parte da minha ambição analisar o modo como o meu caminho se vai construindo, seja por decisões tomadas por mim seja por influências externas.

Tudo é feito de opostos: Saúde/Doença, Felicidade/Tristeza, Bem/Mal... sem dúvida alguma!
E se analisarmos bem, parece que a nossa vida está direccionada para que vivamos estes diferentes pólos.
Isto para não mencionar que por vezes parece que se não aprendermos a lidar com determinadas situações atraimos cada vez mais situações semelhantes até que se aceite e o assunto fique encerrado.

Daí a minha filosofia de aprender o máximo com os meus erros e com as minhas vivências. Tenho gosto em reflectir sobre as experiências pelas quais vou passando. Ao reflectir vou aprendendo importantes lições de vida e vou aprendendo a lidar e aceitar algumas situações...
Ao menos assim, a minha vida torna-se mais rica e diversa. Com tantos erros para dar e tantas situações para viver... para quê manter-me sempre nos mesmos!?

A sério... reflictam! Se situações semelhantes se sucedem... uma atrás da outra, é porque ainda há algo a aprender... o assunto não está encerrado.

Eu por exemplo em relação ao dinheiro, nunca mais dou como encerrado o assunto. Foi-me passado pela minha mãe, na minha infância, um forte sentido de gestão relativamente ao dinheiro que tenho disponível, sempre com um medo intrínseco que este não chegue para os gastos e despesas. E as experiências vão-se sucedendo, levando-me ao limite. Como se alguém me tivesse a tentar dizer:"descontrai... tudo correrá bem... o dinheiro há-de chegar!". Que ele chega sempre é verdade, mesmo quando falta, alguma coisa surge de última da hora, de forma a que consiga resolver a situação. Mas esta tem que ser uma aprendizagem que tenho de fazer progressivamente. Já estou a progredir, mas tem que ser bem devagarinho. Não quero cair no pólo contrário... e não gerir minimamente o dinheiro, gastando demais.

E cá vou eu vivendo a minha vida de medo em medo... experiência em experiência. As situações com o dinheiro são um mero exemplo.

Vida de sofá não obrigado!
Ao menos na minha vida, por entre as batalhas diárias, o que não me falta é por onde evoluir...

quarta-feira, outubro 11, 2006

Reiki

Tudo o que existe, material ou não, é constituído por energia.
A energia é vibratória, manifesta-se sob a forma de ondas e tem duas polaridades: Positiva/Negativa, Masculina/Feminina, Yin/Yang.

A energia influencia todos os aspectos da nossa vida. É importante que esta circule livremente, em nós e à nossa volta.

Sempre que o fluxo de energia é bloqueado, total ou parcialmente, há alterações significativas e quase sempre prejudiciais, podendo haver repercussões a nível físico, mental, emocional e espiritual.
Um dos métodos mais simples e eficaz para dissolver bloqueios do fluxo de energia é o Reiki.
Reiki é uma forma de terapia que se leva a cabo através da imposição das mãos com o objectivo de reestabelecer o equilíbrio vital e, deste modo, promover a saúde.
O Reiki como conhecemos hoje, é uma terapia natural descoberta por Mikao Usui, no início do século XX.
Reiki é uma palavra japonesa que significa energia vital universal.
Rei é a essência energética cósmica que existe em todas as coisas e circula em todos os lugares.
Ki é a energia vital individual que circula nos nossos corpos mantendo-os vivos.
Reiki não é mais do que um sistema natural de cura, que se fundamenta no encontro entre estas duas energias: da energia universal com a nossa energia física.

A beleza do Reiki está na sua simplicidade e no facto de poder estar ao alcance de todas as pessoas: até crianças ou iletrados. Só se têm de sujeitar a um processo de iniciação realizado por um mestre habilitado.

Príncipios do Reiki
Só por hoje, agradecerei as minhas várias bençãos
Só por hoje, não me preocuparei
Só por hoje, não me irritarei
Só por hoje, trabalharei arduamente sobre mim mesmo
Só por hoje serei bondoso para com o meu próximo e todos os outros seres vivos.

Ao me tornar reikiana ganhei uma nova ferramenta para utilizar na minha caminhada ao longo da vida.
Diz-se que quando nos iniciamos como reikianos, o nosso quociente de Luz aumenta substancialmente e que os nossos centros energéticos (Chakras) são activados.

A este nível o que posso dizer é que senti um aumento de sensibilidade face aos ambientes e pessoas, a nível emocional e a nível físico.

É engraçado! Imaginem alguém a entrar no meu gabinete e eu ficar muito mal disposta, ou ter vontade de chorar ou sentir uma revolta inexplicável... ou até ter uma dor que nunca tive. Já me aconteceu estar a subir umas escadas com a minha mãe e ter de me agarrar ao corrimão, porque tinha um dor tão grande numa perna que quase não a conseguia mexer. De repente aparece atrás de mim uma Sra de idade agarrada ao corrimão, de bengala, com dificuldades em mover a mesma perna que me doía.

Mas das coisas mais estranhas a me acontecerem com o Reiki foi a rejeição do café por parte do meu organismo. E o que eu apreciava beber o meu café diariamente!? Agora só de vez enquando é que me consigo dar ao luxo de beber um cafézinho... sem ficar indisposta. E normalmente opto mesmo por nem tentar...

A minha mestre disse-me quando me acabou de iniciar: "Benvindo Ser de Luz!"

Posso-vos dizer que para mim a sensação que tive ao ser iniciada foi extraordinária... senti-me sem uma pinga de ansiedade... com uma paz interior que nunca tinha sentido... tão leve... tão livre e com tanta força.
Não acredito que me tenha transformado dum momento para o outro num Ser de Luz, mas acho que foi nesse momento que tomei consciência que sempre o tinha sido...

terça-feira, outubro 10, 2006

Divagações

Longe vai o tempo em que, sem que sequer me apercebesse, brotavam do meu ser palavras e pensamentos que nunca soube de onde provinham... como se repousassem adormecidos num qualquer cantinho no meu interior e algo os despertasse.
Hoje em dia só de quando em vez me soam na alma palavras que conjugadas tomam um sentido... palavras estas que parecem suplicar que as grave num qualquer pedaço de papel para que descubra um pouco mais de mim.
Já não sou quem era no passado... as guerras que se decretam, no dia-a-dia, deixam alguns escombros e as vitórias ditam um regime de confiança... num vai e vem de experiências que se fossem refletidas num gráfico era só ver altos e baixos, voltas e reviravoltas : felicidade... desilusão... um sonho realizado... um azar... uma tristeza sem fim... força para seguir em frente... optimismo... mil e um sorrisos.
Hoje sei que sou um ser cheio de imperfeições, mas com muita força para se tornar cada vez melhor.
Com isto sei que perdi a comodidade da ignorância para me expor ao nem sempre fácil modo de viver, passo a passo, com a maior consciência possível.
Agora sei que a cada minuto que passa tudo nos leva ao encontro da morte, que se torna momento a momento mais próxima. Para uns mais próxima do que para outros, mas dado à sua incertidão de nada vale perder o tempo que seja a tentar percebê-la... ou a ganhar forças para lhe fugir. Apenas vale a pena viver cada momento com a maior intensidade possível. Ganhar na "inevitável" morte toda a força para viver e amar a vida...
O tempo é filtrado pelo nosso ser e sentido em função do seu ritmo. Existem momentos em que tudo parece correr... e o tempo se parece com água que nos escorre por entre os dedos! E existem outros em que tudo parece calmo inerte... como se o próprio relógio do tempo tivesse parado simplesmente!
Mas o que sinto dentro de mim é totalmente distinto do que sente todo o outro ser... cada um de nós vive embevecido num mundo próprio, através do qual vislumbra todos os outros mundos.
A vida sem que nos apercebamos leva-nos ao encontro dos nossos sonhos e realizações que nem imaginavamos poder alcançar... mas também de pesadelos e medos... aqueles que temiamos e os que nem nos haviamos lembrado de temer. Para nos levar mais longe... talvez!

É tudo tão complexo e apesar de por vezes parecer que tudo pára, dando-nos tempo para reflectir e recuperar... é mera ilusão. Tudo à nossa volta e dentro de nós gira e muda constantemente, mesmo que nos tentemos isolar de tudo e de todos. Mesmo que fujamos do mundo e nos encerremos num quarto sem mais sair dele. Daí a vida ser tão difícil e complexa!
Somente a vida dos outros nos parece fácil, porque não a vivemos nem a sentimos na pele.
Gandhi disse outrora que é um previlégio viver uma vida difícil. Só consigo atribuir sabedoria a esta afirmação se esquecer as fraquezas inerentes ao ser humano e assumir que é realmente a dor e a adversidade que trazem maturidade ao homem. Não é por nada que a sabedoria se diz residir no bom senso.
Por vezes tudo parece demais... como se bastasse um mero rombo para afundar o nosso navio. Como outras nos sentimos capazes de navegar até onde quer que seja para travar a maior das batalhas e voltar sem um único arranhão.

sexta-feira, outubro 06, 2006

A arte do aqui e do agora...

Sou uma apaixonada por Zen...

Sabem o que é?
Eu dou-vos umas luzes...

Zen é um termo japonês que é a forma abreviada de Zenna, derivado do chinês Ch'an-na que por sua vez vem de Dhyana, cujo significado é meditação em sânscrito.

A maior parte das pessoas pensam em demasia no passado ou no futuro e assim a vida não é vivida plenamente.
Viver no verdadeiro sentido é viver no aqui e no agora. Daí, para que se seja Zen, deve-se conservar a mente de principiante (o shoshin). Isto para que se tente ver a vida como ela é, sem fantasias, pré conceitos ou desejos. Manter a mente vazia e alerta, porque uma mente vazia está preparada e aberta a tudo.

Não vale a pena questionar o que o Zen ensina. Todos os ensinamentos no Zen provém da nossa mente. Nós ensinamo-nos a nós mesmos. O Zen aponta o caminho.

Através do Zen podemos aceder ao conhecimento de nós próprios, para lá de sistemas, valores, regras, julgamentos. Neste sentido, Zen é uma verdadeira revolução interior.

"Para alcançar a iluminação Zen não é necessário abandonar a vida familiar, despedir-se do emprego, tornar-se vegetariano, praticar o ascetismo ou evadir-se para um lugar tranquilo. (...) Tudo o que é necessário é varrer as influências das ansiedades psicológicas relacionadas com o mundo exterior que foram acumuladas na vossa psique desde sempre." Dahui

A essência Zen encontra-se centrada na relação entre a mente e o mundo (a experiência), ou seja, tem a ver com o modo como o mundo é sentido e a vida é vivida.

Ser-se Zen é estar no mundo sem ser do mundo, como uma flôr de lótus. A raiz enterra-se no fundo lodoso do lago, mas desabrocha à superfície da água.

A meta final do Zen é a iluminação ou satori. Em tudo o que se fizer na vida, não esperar nada e estar preparado para tudo. Tornar-se num espelho totalmente polido que reflicta com perfeição a realidade.

A prática básica é a meditação Zazen, ou meditação sentada, que tem duas vertentes fundamentais: Soto e Rinzai. O Soto Zen dá enfâse à meditação silenciosa e o Rinzai Zen recorre aos koans.
Koans são contos Zen. Pequenas histórias que trazem consigo importantes ensinamentos.
Ex:

A Bola e o Zen

Certa vez, enquanto o velho mestre Seppo Gisen jogava bola, Gessha aproximou-se e perguntou: "Por que é que a bola rola?" Seppo respondeu:"A bola é livre. É a verdadeira liberdade. "Por quê?" "Porque é redonda. Rola em toda parte, seja qual for a direção, livremente. Inconsciente, natural, automaticamente."

Fascinante não é?

É um tema inexgotável! Acima de tudo o Zen é um caminho que podemos seguir até ao fim da nossa vida. O importante nem é a profunda compreensão Zen. O que importa é manter sempre a mente de principiante. Mesmo que leiam muita literatura Zen, não a vejam como mais informação a acumular, mas leiam cada frase com a mente o mais aberta possível.
A quem se deve esta paixão pelo Zen? Ao João, um amigo muito especial... ele já sabe o quanto lhe agradeço por me ter apresentado esta arte de pensar e de viver.