sexta-feira, julho 02, 2010

Aceitarem-me como sou... sem tirar nem pôr!

Vagueio uma vez mais pelo meu ser, interiorizando acontecimentos que se dão, tentanto perceber as emoções que se despoltam... em introspecção, para me encontrar uma vez mais e tornar-me mais forte... ainda mais forte.
Volta e meia vêm estes períodos em que quase sinto falta de parar e de me isolar para conseguir dar conta dos fios pendurados que por obra de tudo menos acaso são puxados e deixados à solta.
Estou com maior renitência do que o habitual para o fazer...
Custa-me mais do que habitual estar só... como se existisse em mim um receio de que os fantasmas da solidão despertassem e me assombrassem de novo. Não quero mais passar por essa estrada sombria... escura e fria. Talvez seja cobardia... mas quando penso nisso parece que me torno criança de novo e deixo de ser, por momentos de hesitação, por mais curtos que sejam, a mulher forte e independente que sou. Então a um pedido de ajuda que seja fujo de estar comigo própria, o que sei que me faz fugir daquilo que tenho que trabalhar.
Escrever sempre foi a minha maior terapia e recorro agora como forma de pedir quase um milagre, que as palavras que derramo no papel e os momentos em que me encontro com a minha essência, enquanto escrevo, sirvam para que me encontre e para que trabalhe o que tenho a trabalhar...
Sei que me aceito tal e qual sou... amo-me tal e qual... cada ponto, cada vírgula do que sou, cada característica, cada tendência... cada experiência vivida. Mas existe um medo em mim, com o qual não estou a conseguir lidar! Tenho medo que algures não exista alguém verdadeiramente capaz de me aceitar e amar como sou. Mais do que as bagagens que possa carregar, até porque todos as temos, sou diferente e o que faço da minha vida, mesmo a minha maneira de estar é muito diferente da maioria! Além disso, não quero, nem sinto que vá encontrar alguém que seja como eu, semelhante a mim. Sempre senti que a pessoa que ficaria a meu lado teria de ser alguém mais terra-a-terra para me conseguir equilibrar! Sinto falta de alguém que me chame à terra e me ajude a ter mais uma ou outra actividade dita normal, se não eu perco-me em mim e no meu mundo de energias... do mais simples ir ao cinema, ao teatro, a um concerto. O meu maior medo é que, como até então me aconteceu, eu afugente quem se queira aproximar... e continue a assustar quem possa até se interessar...
Não sou uma pessoa fácil... com a agravante de que tenho dificuldade em me interessar por alguém... mas vou acreditar na minha mãe e na expressão fantástica que utiliza que tem qualquer coisa a ver com cada panela ter uma tampa... eheheheh! Vamos acreditar que eu não vou ficar ofuscada com tantas ou tão poucas tampas e acabo por ficar destapada... shiiiiii... metáfora estranha!!!!
Bem vou é ser uma menina linda... corajosa... e trabalhar em mim o que tenho a trabalhar... o resto virá por acréscimo... Seja o que Deus quiser!

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