Vagueio uma vez mais pelo meu ser, interiorizando acontecimentos que se dão, tentanto perceber as emoções que se despoltam... em introspecção, para me encontrar uma vez mais e tornar-me mais forte... ainda mais forte.
Volta e meia vêm estes períodos em que quase sinto falta de parar e de me isolar para conseguir dar conta dos fios pendurados que por obra de tudo menos acaso são puxados e deixados à solta.
Estou com maior renitência do que o habitual para o fazer...
Custa-me mais do que habitual estar só... como se existisse em mim um receio de que os fantasmas da solidão despertassem e me assombrassem de novo. Não quero mais passar por essa estrada sombria... escura e fria. Talvez seja cobardia... mas quando penso nisso parece que me torno criança de novo e deixo de ser, por momentos de hesitação, por mais curtos que sejam, a mulher forte e independente que sou. Então a um pedido de ajuda que seja fujo de estar comigo própria, o que sei que me faz fugir daquilo que tenho que trabalhar.
Escrever sempre foi a minha maior terapia e recorro agora como forma de pedir quase um milagre, que as palavras que derramo no papel e os momentos em que me encontro com a minha essência, enquanto escrevo, sirvam para que me encontre e para que trabalhe o que tenho a trabalhar...
Sei que me aceito tal e qual sou... amo-me tal e qual... cada ponto, cada vírgula do que sou, cada característica, cada tendência... cada experiência vivida. Mas existe um medo em mim, com o qual não estou a conseguir lidar! Tenho medo que algures não exista alguém verdadeiramente capaz de me aceitar e amar como sou. Mais do que as bagagens que possa carregar, até porque todos as temos, sou diferente e o que faço da minha vida, mesmo a minha maneira de estar é muito diferente da maioria! Além disso, não quero, nem sinto que vá encontrar alguém que seja como eu, semelhante a mim. Sempre senti que a pessoa que ficaria a meu lado teria de ser alguém mais terra-a-terra para me conseguir equilibrar! Sinto falta de alguém que me chame à terra e me ajude a ter mais uma ou outra actividade dita normal, se não eu perco-me em mim e no meu mundo de energias... do mais simples ir ao cinema, ao teatro, a um concerto. O meu maior medo é que, como até então me aconteceu, eu afugente quem se queira aproximar... e continue a assustar quem possa até se interessar...
Não sou uma pessoa fácil... com a agravante de que tenho dificuldade em me interessar por alguém... mas vou acreditar na minha mãe e na expressão fantástica que utiliza que tem qualquer coisa a ver com cada panela ter uma tampa... eheheheh! Vamos acreditar que eu não vou ficar ofuscada com tantas ou tão poucas tampas e acabo por ficar destapada... shiiiiii... metáfora estranha!!!!
Bem vou é ser uma menina linda... corajosa... e trabalhar em mim o que tenho a trabalhar... o resto virá por acréscimo... Seja o que Deus quiser!
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