terça-feira, setembro 30, 2008

Viagem a Sevilha... comentários!


Sábado fiz o piercing no nariz, já algum tempo que o queria fazer…
Não me apetecia estar com ninguém… não por me sentir mal, mas por me sentir bem comigo mesma.
Vagueei sozinha por Almada… passei por uma loja de tatuagens… entrei, perguntei o preço… se era necessário marcar. A rapariga respondeu que podia ser já…
Uns minutos depois estava feito…
Assim é que eu gosto das coisas... espontâneas...
Porquê mais um piercing? Tinha pensado fazê-lo nos meu anos como prenda para mim mesma… foi um pouco depois, mas o sentido mantem-se… digamos que é a marca dos meus 28 anos… e do ano de 2008 em si, quando tudo começou a mudar na minha vida…

Hoje Segunda-feira, dia 29, leio o texto da Elka sobre as nossas férias… e não consigo parar de pensar que tenho de escrever…
Sevilha 2009… um marco para ambas…

Elka:
“De malas aviadas fomos contentes com um destino traçado, não que ele importasse muito, a intenção era outra, era estar longe de Lisboa… A busca de uma pausa depois de meses de grandes mudanças e de muito trabalho. O telemóvel sem rede e no silêncio, o relógio no pulso mais por habito que por necessidade. Beber cappucinos às 14h00 com uma sandes mista. Num dos dias, sem querer, estávamos a procurar restaurantes à 24h00… para nós era hora de jantar… não que fosse boa ideia para quem tinha uma sandes no estômago desde às 16h00. O nosso jantar foi no McDonald’s, a primeira possibilidade encontrada, e depois, bem depois toca de conhecer a noite que nos aguardava serenamente.
As noites foram sempre quentes mas, com uma brisa que não pedia casaco! Quem é mulher percebe bem a importância! Os dias foram de serenidade, rodeadas de parques, jardins, igrejas, ruelas e fontes onde molhar os pés; não importava que depois fosse necessário um bom tratamento; ali não importava que eles estivessem sujos, apenas que estavam demasiados cansados e que mereciam passar uns minutos numa fonte com água bem gelada.
Passamos os dias a andar perdidas nas ruelas, mas isso não tinha de maneira alguma importância; o mapa ficou feito literalmente em fanicos, nem isso importava porque, mesmo perdidas, havia sempre um sítio que não conhecíamos e continuávamos com os pés sempre dispostos a andar mais um pouco.
Descobrimos que o nosso sentido de orientação não é assim tão mau…
O calor, esse foi incessante… as sardas apareceram, o protector solar foi esquecido! Os nativos mais que habituados a um calor escaldante é que permaneciam serenos a beber as suas cañas ou nas compras e eu, bem tenho a prática de Castelo Branco que apenas tem 3 estações: Inverno, Verão e aos CP... Já em Luanda o calor não é assim tão seco, graças a Deus!
Despedimo-nos do pôr-do-sol com 1 caña na mão, que tem sido um ritual para mim… No início foi 1 desilusão, ele não assim tão bonito mas, depois ofereceu-nos uma das melhores fotografias tiradas!
O melhor:
- Não perceber castelhano e eles não perceberem português, principalmente quando se fala depressa…
- Visitar a cidade em época baixa, os turistas eram poucos!
- Vimos tudo o que conseguimos e chegamos mesmo a visitar uma casa de um morador. Posso dizer que elas são bonitas por fora e por dentro… com ele, experimentamos água ardente chilena e percebemos que a nossa é melhor!
- Ir de férias com uma grande amiga, que com a viagem tornou-se uma verdadeira companheira. A intimidade de dividir um quarto fez-nos maravilhas e o mais importante numa amizade manteve-se, os silêncios de manhã e quando a birra quer aparecer. Somos super diferentes fisicamente e mesmo no feitio… uma é mais Zen que a outra mas, que ainda assim conseguimos encaixar sem haver tumulto.
Mas como numa amizade que se preze, tem que haver discussão… o importante é que depois dela voltamos sempre a falar como se nada se tivesse passado. É engraçado que mesmo numa amizade há sempre troca de palavras mais acesas e que isso não é de forma alguma o fim, muito pelo contrário, há mais respeito de parte à parte.
De volta de férias estamos mais que prontas para continuar com as nossas vidinhas e é claro para conversar, conversar, conversar… como duas tagarelas natas.
- Sair à noite solteira… Não se fica à procura mas, olha-se e como é bom olhar, apreciar, até flirtar sem maldade!
Resumindo... Sevilha deu para relembrar: Como é bom estar vivo e como é bom olhar para as possibilidades…“

Carla:
“Quando algo muda nas nossas vidas, principalmente quando o que muda consegue abalar as linhas com que se tece a tua vida no presente... mais do que o sofrimento... mais do que o crescimento... fica a certeza de que há mil e um caminhos possíveis de percorrer e que em qualquer momento da tua vida no hoje tudo pode ser diferente do ontem. E além de termos de estar preparados para isso temos que saber acreditar que tudo pode ser melhor...
Claro que aqui ser melhor está nas mãos de cada um... também pode ser pior se assim o decidirmos...
O vazio de horizonte depois de grandes abalos e uma já forte amizade juntou 2 seres numa viagem a Sevilha...
A vontade de fugir por momentos para um pouco mais longe... como se a distância apagasse certos medos... incertezas... inseguranças...
A vontade se ser simplesmente... sem ter de dar explicações, sem ter de olhar para ninguém que nos quisesse julgar... porque ali não havia ninguém que fosse suficientemente importante para nos puder julgar...
Engraçado que em Sevilha senti-me em casa... não num sentido esotérico... mas foi como se soubesse que naqueles dias era suposto estar ali... era ali que pertencia! E quando parti nem sequer tristeza senti... porque também cá dentro foi como se me estivesse a ser dito que já era tempo de voltar.
Imagem que vou sempre guardar... descalça pelas ruas de Sevilha, com os sapatos na mão... perdida!
Grande lição...
... foi como se me tivessem a dar a prova que é assim que devo viver... ligada à terra, como se caminhasse sempre descalça... confiante que o meu caminho vai ser percorrido... e que um dia vou chegar a "casa"... mas que isso nem sequer é o mais importante. O mais importante é ser quem sou e no caminho aproveitar as coisas com que me cruzo... para crescer e ser o mais feliz possível...
Ambas sofriamos dum grande mal... tinhamos que controlar tudo... dominar os acontecimentos... e todas as mudanças que aconteceram connosco serviram para que nos apercebessemos que temos que nos deixar ir ao sabor da corrente... deixar fluir. De nada vale a maior parte das vezes nos revoltarmos ou lutarmos...
O destino está marcado... só temos que ir tomando algumas decisões pelo caminho... como se houvesse um trajecto e tivessemos que ir ter àquela incruzilhada e aí sim... decidir: Esquerda? Ou direita?
Parece simples, mas não é... centrarmo-nos em nós mesmos e percebermos o que é melhor para nós para tomarmos a decisão adequada, no momento certo, é bem complexo... e exige um equilíbrio extraordinário...
E é essa agora a nossa labuta... uma em Portugal, outra em Luanda ;) para não falar de outras pessoas que com certeza estão neste momento a passar pelo mesmo processo...

Sevilha teve mil e um momentos que irei recordar, mas aqui ficam algumas das conclusões :)
Já durante o mês de Agosto tudo foi um reencontro com quem sou... algo que aos poucos já estava a acontecer... há algum tempo. Sevilha foi o remate final!!!
Um reencontro com os prazeres da vida... que depois de algum tempo de compromisso tinha perdido... aos poucos... sem notar e que tenciono não perder nunca mais... encontre ou não alguém para partilhar a minha vida outra vez... num sentido romântico/amoroso, porque o que passamos a vida a fazer é partilhar pedaços da nossa vida com os outros... aliás é isso que lhe dá o encanto.
Foi e é tão bom seduzir por seduzir... e deixar-se ser seduzido!!! Comer e beber por puro prazer... Sem vergonha, porque é algo que faz parte de mim... de que vale mentir ou negar!? Sou extremamente carnal e gosto dos prazeres da vida... são estas coisas que muitas vezes me dão alegria de viver.
Não há nada que de momento me dê mais prazer do que sentar-me com um amigo ou mais a uma mesa... comer bem e beber um bom vinho enquanto conversamos... e depois sair até algum lado e ir dançar um pouco. Isto a par de momentos únicos... como é um pôr do sol, enquanto se bebe uma canã, como descreveu a Elka... ou como andar descalço na areia... sentir a água gelada nos pés...
... O sorriso que virem nos meus lábios nesses momentos... sim é pura felicidade :) pois são esses pequenos momentos da vida que fazem tudo valer a pena... que me fazem gostar de viver...
Hoje sei que onde quer que esteja... Sevilha... Lisboa... ou do outro lado do mundo... estou bem, porque me sinto bem comigo mesma :) e porque gosto de saborear cada momento da vida pelo simples prazer de viver...


terça-feira, setembro 16, 2008

Francisco de Assis

Volta e meia dá-me um fascínio com algum Santo... ou alguma personalidade da área espiritual! Já há algum tempo que andava com o Francisco de Assis na cabeça... mas entretanto foi passando. Agora com o livro da Dulce Regina voltou. Ela fala muito sobre Clara e Francisco, como Almas Gémeas. Mas não foi isso que mais me chamou a atenção.

Foi o contacto com Francisco e os seus ensinamentos... que sempre tinha tido vontade de explorar... mas talvez não tivesse no momento certo de aprofundar...

Quem tiver curiosidade de investigar um pouco há diversos sites, este é um deles:
http://franciscodeassis.no.sapo.pt/home.htm

Estou já há algum tempo no processo de aprendizagem "orar de coração"... tem sido uma aprendizagem progressiva e é bem mais complexo do que à partida se possa imaginar. Para mim orar não é dizer o Pai Nosso... o Avé Maria... rezar o terço... ou algo do género. É despir-me das minhas máscaras... e falar com Deus/Universo. Isso quer dizer que muitas vezes choro... que por vezes me revolto... me desculpo... peço... sonho... e muito importante: agradeço... e humildemente reconheço o quanto sou pequena.

É preciso alguma auto-disciplina. Auto-disciplina esta que quebrei desde que entrei de férias e que agora me comprometi a retomar.
De manhã costumava ter a minha conversa habitual... com a realização das minhas protecções espirituais, porém ainda não consegui regular as horas de sono ao ponto de acordar mais cedo o tempo necessário. Mas não é por isso que deixo de ter uma conversa mental... riam um pouco à minha conta: faço-o nos transportes. Tanto tempo por aproveitar... que opto sempre por ou conversar com Deus ou fazer mentalizações e visualizações... só quando estou demasiadamente cansada é que simplesmente leio.

À noite faço sempre um resumo do dia... as coisas boas e más que me aconteceram e como é que eu agi. Agradeço tudo o que me foi ofertado. Peço uma noite de sono tranquila, bem dormida. Às vezes peço para visitar alguém que me apeteça ou para tentar resolver algum problema ou conflito durante a noite... dependendo do que queira ou precise. E peço sempre protecção e luz para mim e para as pessoas que me rodeiam... até para aquelas que me magoaram ou com as quais ainda não consegui resolver alguma quisilia.

Agora perguntam-me "Fazes isso todas as noites?" Sim... e este é já um hábito de há muito. Pode acontecer ser mais breve nalgumas noites específicas! Pode às vezes ser acompanhado por um grande pedido de desculpas por não estar nas melhores condições... imaginem o porquê... LOL... também sou humana...

Já cheguei a pensar que não tinha talento para orar... mas acho que era na altura em que não sabia, aliás na altura em que tinha perdido a noção do que era ter fé... até que praticamente em simultâneo me encontrei a mim mesma, à minha fé e à capacidade e vontade de orar.
Mas esses momentos de auto-disciplina em que cumpri à risca as orações matinais e as nocturnas foram aqueles em que mais equilibrada me senti... mais forte... com mais noção de quem era e o que queria. Com uma paz interior nunca sentida! Poucas horas eram as que necessitava de dormir para me sentir revitalizada e mesmo em relação à comida, tinha muito menos necessidade de comer.
Enfim... se já consegui, hei-de conseguir de novo...

Sinceramente, à parte das orações do coração, há rezas que nos conquistam e a de Francisco de Assis conquistou-me.
Oração de São Francisco de Assis

Senhor, fazei de mim um instrumento da Vossa paz!
Onde houver ódio, fazei com que eu leve o amor;
Onde houver ofensa, que eu leve o perdão,
Onde houver discórdia, que eu leve a união;
Onde houver dúvidas, que eu leve a fé;
Onde houver erros, que eu leve a verdade;
Onde houver desespero, que eu leve a esperança;
Onde houver tristeza, que eu leve a alegria;
Onde houver trevas, que eu leve luz.
Ó Mestre, fazei com que eu procure mais:
Consolar, a ser consolado;
Compreender, a ser compreendido;
Amar, a ser amado.
Pois é dando que se recebe;
É perdoando que se é perdoado;
E é morrendo que se vive para a vida eterna!

Quem pensar que eu sou uma pessoa fora do normal que fale com quem me conhece. Sou uma pessoa como outra qualquer, que simplesmente tornou a espiritualidade num modo de vida. Dou muitos tropeções na vida... como qualquer um... ainda sou extremamente carnal... ligada aos prazeres da vida... de longe ser um anjinho... ou candidata a freira LOL.

Não sou vegetariana... bebo alcóol... ou seja, longe de ser exactamente o protótipo ou modelo ideal de espiritualista. Todavia sou... e se eu sou qualquer um pode ser, basta querer... basta escolher esse caminho...

No passado era preciso sofrer para se dar o exemplo do que era ser espiritual, do que era seguir o que alguns chamam os ensinamentos de Deus...

Hoje em dia a própria vida que se leva, o mundo como está organizado, conduz-nos a fazer pequenos gestos que fazem parte dum caminho dito espiritual... e assim cada um de nós pode ser para os outros um mestre nos ensinamentos de Deus. Como é que no caos... na dor... na luta... se consegue seguir o bem... a luz... e ainda fazer questão de com muito amor ajudar os outros?!
Isto é que é ser-se espiritual nos dias de hoje...

segunda-feira, setembro 15, 2008

Pensamentos do momento...

Hoje deu-me uma vontade imensa de escrever... mas há tanto para dizer que é difícil encontrar por onde começar...

Quero agradecer primeiro de tudo ao ppmiguel, é esta a identificação que aparece no comentário, pelo contributo que fez sobre as Almas Gémeas e por reconhecer os meus progressos, mesmo sem me conhecer. É bom quando exteriormente se têm opiniões sobre os nossos esforços e progressos que são mais interiores que externos.

Em relação às Almas Gémeas no dia 10 de Setembro eu recebi algumas pistas fundamentais... não foi numa palestra, nem num workshop, aliás as circunstâncias pouco importam, muito menos a fonte... interessam os ensinamentos.

Há 2 tipos de Almas Gémeas:

Almas Gémeas num sentido mais material... pois encontram-se num plano terreno em que nós neste momento nos encontramos. E neste sentido temos ao longo da vida mais do que uma Alma Gémea terrena. Será então alguém com que nos identificamos mais do que com a maioria das pessoas em dado momento... com a qual obtemos uma compreensão espontânea. Relação esta que se fundamenta num crescimento e apoio mútuo constante. Pode ser o nosso pai, a mãe, um amigo ou amiga...

Já as Almas Gémeas no sentido espiritual são um par único, um feminino e um masculino. Sim, Almas Gémeas naquele sentido romântico/mítico de que tanto ouvimos falar... como Dulce Regina descreve e defende.

Hoje, mais do que nunca, tenho a consciência de que estou aqui de passagem. A única importância (que já é muita) é ter a oportunidade de evoluir numa série de aspectos que a nossa alma decidiu antecipadamente.

O conceito de livre-arbítrio que eu tinha nos últimos tempos tem vindo a mudar... pelo menos o suficiente para eu começar a aprender a aceitar determinadas provas de forma diferente... com mais calma, menos revolta.

Oração do Xico Xavier

"Que eu continue a acreditar no outro mesmo sabendo de alguns valores tão esquisitos que permeiam o mundo;

Que eu continue optimista, mesmo sabendo que o futuro que nos espera nem sempre é tão alegre;

Que eu continue com a vontade de viver, mesmo sabendo que a vida é, em muitos momentos, uma lição difícil de ser aprendida;

Que eu permaneça com a vontade de ter grandes amigos(as), mesmo sabendo que com as voltas do mundo, eles(as) vão indo embora de nossas vidas;

Que eu realimente sempre a vontade de ajudar as pessoas, mesmo sabendo que muitas delas são incapazes de ver, sentir, entender ou utilizar esta ajuda;

Que eu mantenha meu equilíbrio, mesmo sabendo que os desafios são inúmeros ao longo do caminho;

Que eu exteriorize a vontade de amar, entendendo que amar não é sentimento de posse, é sentimento de doação;

Que eu sustente a luz e o brilho no olhar, mesmo sabendo que muitas coisas que vejo no mundo, escurecem meus olhos;

Que eu retroalimente minha garra, mesmo sabendo que a derrota e a perda são ingredientes tão fortes quanto o sucesso e a alegria;

Que eu atenda sempre mais à minha intuição, que sinaliza o que de mais autêntico possuo; Que eu pratique sempre mais o sentimento de justiça, mesmo em meio à turbulência dos interesses;

Que eu não perca o meu forte abraço, e o distribua sempre;

Que eu perpetue a beleza e o brilho de ver, mesmo sabendo que as lágrimas também brotam dos meus olhos;

Que eu manifeste o amor por minha família, mesmo sabendo que ela muitas vezes me exige muito para manter sua harmonia;

Que eu acalente a vontade de ser grande, mesmo sabendo que minha parcela de contribuição no mundo é pequena;

E, acima de tudo... Que eu lembre sempre que todos nós fazemos parte desta maravilhosa teia chamada vida, criada por alguém bem superior a todos nós! E que as grandes mudanças não ocorrem por grandes feitos de alguns e, sim, nas pequenas parcelas quotidianas de todos nós!"

Estas palavras são capazes de dar luz a qualquer um...

Há uma música duma religião Afro-brasileira que costumo ouvir que numa passagem diz o seguinte: "Diz-me qual é a sua morada?"... E eu reconheço, para mim, um significado extraordinário na resposta dada: "É uma estrada sem fim..."

É o que sinto hoje... sou uma viajante numa estrada sem fim. Esta vida presente é somente uma parte dessa estrada imensa. De que vale querer encontrar tudo num pequeno troço, ou vivenciar tudo numa pequena parte do percurso... quando ainda há tanto para viver?!

Para o Pedro, novamente, já que ainda és céptico em relação a dados assuntos. Isso não é necessariamente mau!

Sabes que eu às vezes penso que se quase todas as pessoas imaginassem metade do que já vi... onde andei... o que fiz e faço em termos espirituais... ou já me tinham internado ou fugido de mim LOL.

Muitas são as vezes em que acredito que vivo num mundo diferente da maioria?! Mas que importa isso no fundo? Na verdadeira essência todos somos iguais... a work in progress...

Não precisamos acreditar em tudo... isso só era possível se começasses a acreditar naquilo em que os outros acreditam. As experiências vão surgir para que vivencies aquilo que é importante conheceres... aí decides se acreditas ou não!?

As únicas coisas que tens que fazer é deixares-te guiar... (agarrares-te a uma pedra à beira rio para não seguires a corrente só vai fazer com que sofras mais no teu caminho)... seres fiel a ti mesmo, à tua essência... e teres a mente aberta o suficiente para que as coisas surjam espontaneamente.

segunda-feira, setembro 08, 2008

Fiz 28 anos... AHHHHHHHHHHH!

Foi mais ou menos como este miau que fiz: tentei esquecer...
Pois é, dia 9 de Setembro fiz 28 anos.
Pensei que podia esquecer... mas parecia que não parava de soar na minha cabeça: "28 A....aaaaaNnnnnn....Ooooo...Ssssss". Claro que no dia a seguir perante a pergunta "Como é ter 28 anos?!", a resposta inevitavelmente era... "é igual a ter 27".
Realmente não tem a ver com a idade... todos nós somos diferentes, o que interessa é o caminho que percorremos e, mais ainda, os ensinamentos que vamos recolhendo...

O mais assustador no meio disto tudo é olhar para atrás e ver que ainda não tenho a casa de sonho (amo a minha casa, mas não está mobilada como quero)... não tenho o emprego de sonho... nem o homem de sonho tenho. Já nem falo em carro de sonho, porque nem carro tenho agora. Isto entre outras coisas que também ainda não são de sonho e já deviam estar a caminho de ser!? Claro que isto tem a ver com aqueles ideais de criança ou adolencente que nos são incutidos e nós próprios vamos assimilando, sem notar.

Em compensação:

Nunca me senti tão bem como me sinto enquanto pessoa... enquanto mulher! Começo a perceber aquela expressão "Como gostava de ter 20 anos e saber o que sei hoje!?".

Encontro-me em paz comigo mesma :) feliz como sou e por quem me fui tornando ao longo da vida. No fundo sou uma pessoa extremamente feliz... com todas as oportunidades do mundo para alcançar todos os sonhos que optar alcançar...

Os meus 27 anos foram marcados por mudanças radicais na minha vida de forma geral... e no meu interior. Sinceramente agora apercebo-me que para mim enquanto pessoa todas essas mudanças foram e estão a ser muito positivas. A vida duma forma geral é que podia melhorar... aliás, essa foi a prenda de anos que pedi ao Universo/Deus ;)

À medida que o ano de 2008 se aproximava tinha uma sensação estranha... de que nada ia ser igual. Quando algumas coisas começaram a acontecer e a vida começou a tomar um rumo completamente diferente do esperado... senti que ia ser o pior ano da minha vida, mas também o melhor. Aqui quando penso em pior é mais pelo sofrimento que acarreta mudar e crescer. Senti um pulo de evolução em mim que admito teve a sua boa dose de dor... de revolta... de medo.
Mas o quanto valeu a pena... para me sentir como me sinto hoje!
Para o ano tenho a certeza que quando ler este Post vou sorrir... agora apenas aguardo pacientemente que os sinais cheguem e eu possa avançar...
Foram tantos os ensinamentos que recebi aos 27 anos... e virão com certeza novos aos 28. Para que é que estamos cá? Não é para ver passar os anos sem viver... sem errar... sem voltar a tentar. Pelo menos para mim...
Caiste? Levanta-te uma vez mais... pára, lambe a feridas, aprende o que tens a aprender e segue. E isto com algo a que cada vez dou mais importância: um sorriso nos lábios!!!
Dar um passo de cada vez... a sorrir... levando como bagagem uma mala cheia de sonhos para alcançar... sempre com a certeza de que mereces todas as coisas boas que vais encontrar... e que as más que vão acontecendo são meras oportunidades para seres alguém melhor...

quarta-feira, setembro 03, 2008

Depois das férias...

Comecei a escrever este post no hi5, mas vou pôr aqui também porque: "Gente! Eu quero ajuda!"... já explico para o quê LOL
Sei que é normal depois dum mês de grande intensidade... férias!!!!... o cérebro não estar a funcionar a 100%... horas de sono trocadas... algum alcool à mistura... falta dos meus exercícios espirituais e mais que tudo: pouco, mas mesmo muito pouco exercício intelectual LOL.
... Mas houve um tema que me começou a dar a volta à cabeça "Almas Gémeas"?! E sinceramente ainda não consegui descalçar a bota... e como a menina não é nada teimosa... nahhhh... estou a antecipar uma grande luta nos próximos tempos.
Agora o porquê disto surgir na minha cabeça... não sei sinceramente... mas acho que também nem tudo tem que ter explicação racional... não deve ser fácil encontrar uma explicação para todas as curiosidades que surgem dentro de nós?!
Algumas coisas, no entanto, podem ter influenciado:
Talvez por cada vez mais ter dificuldades em acreditar em contos de fadas... e mesmo, assumo: "Shame on me", por ser muito céptica em relação ao assunto. Claro que também ajuda o facto de todas a meninas (acho que é típico!), por mais que não acreditem e até o assumam (como eu!) guardem uma ponta de esperança que isso até possa ser verdade...
Sim, agora é aquela imagem:
"Nós lindas e maravilhosas, num sítio lindo de morrer, a passear, sós, mas seguras de nós mesmas... até que ao longe... quase dificil de focar por causa dos raios de sol... vislumbra-se um cavalo... CALMA!!! Deixem-me modernizar isto... vislumbra-se um homem a fazer jogging... lindo de morrer (aqui cada uma puxa pela sua imaginação... escolher cores, tamanhos... etc) e quando ele olha para nós, apercebe-se que nos ama loucamente e que é connosco que quer ficar........ And so on...".
Digam-me lá os crentes se realmente isto é fácil de acreditar?! Vá... ponham só as pontinhas dos pés assentes no chão...
Para tentar perceber o assunto estou a ler "Almas Gémeas: em busca da luz" de Dulce Regina... e a questinar algumas pessoas sobre o assunto.
Se alguém tiver material ou opiniões sobre o assunto agradeço que compartilhem... ok?
Contribuam para a sanidade desta teimosa, mas generosa alma :)