Não me apetecia estar com ninguém… não por me sentir mal, mas por me sentir bem comigo mesma.
Vagueei sozinha por Almada… passei por uma loja de tatuagens… entrei, perguntei o preço… se era necessário marcar. A rapariga respondeu que podia ser já…
Uns minutos depois estava feito…
Porquê mais um piercing? Tinha pensado fazê-lo nos meu anos como prenda para mim mesma… foi um pouco depois, mas o sentido mantem-se… digamos que é a marca dos meus 28 anos… e do ano de 2008 em si, quando tudo começou a mudar na minha vida…
Hoje Segunda-feira, dia 29, leio o texto da Elka sobre as nossas férias… e não consigo parar de pensar que tenho de escrever…
Sevilha 2009… um marco para ambas…
“De malas aviadas fomos contentes com um destino traçado, não que ele importasse muito, a intenção era outra, era estar longe de Lisboa… A busca de uma pausa depois de meses de grandes mudanças e de muito trabalho. O telemóvel sem rede e no silêncio, o relógio no pulso mais por habito que por necessidade. Beber cappucinos às 14h00 com uma sandes mista. Num dos dias, sem querer, estávamos a procurar restaurantes à 24h00… para nós era hora de jantar… não que fosse boa ideia para quem tinha uma sandes no estômago desde às 16h00. O nosso jantar foi no McDonald’s, a primeira possibilidade encontrada, e depois, bem depois toca de conhecer a noite que nos aguardava serenamente.
As noites foram sempre quentes mas, com uma brisa que não pedia casaco! Quem é mulher percebe bem a importância! Os dias foram de serenidade, rodeadas de parques, jardins, igrejas, ruelas e fontes onde molhar os pés; não importava que depois fosse necessário um bom tratamento; ali não importava que eles estivessem sujos, apenas que estavam demasiados cansados e que mereciam passar uns minutos numa fonte com água bem gelada.
Despedimo-nos do pôr-do-sol com 1 caña na mão, que tem sido um ritual para mim… No início foi 1 desilusão, ele não assim tão bonito mas, depois ofereceu-nos uma das melhores fotografias tiradas!
O melhor:
- Não perceber castelhano e eles não perceberem português, principalmente quando se fala depressa…
Mas como numa amizade que se preze, tem que haver discussão… o importante é que depois dela voltamos sempre a falar como se nada se tivesse passado. É engraçado que mesmo numa amizade há sempre troca de palavras mais acesas e que isso não é de forma alguma o fim, muito pelo contrário, há mais respeito de parte à parte.
De volta de férias estamos mais que prontas para continuar com as nossas vidinhas e é claro para conversar, conversar, conversar… como duas tagarelas natas.
- Sair à noite solteira… Não se fica à procura mas, olha-se e como é bom olhar, apreciar, até flirtar sem maldade!
Carla:
“Quando algo muda nas nossas vidas, principalmente quando o que muda consegue abalar as linhas com que se tece a tua vida no presente... mais do que o sofrimento... mais do que o crescimento... fica a certeza de que há mil e um caminhos possíveis de percorrer e que em qualquer momento da tua vida no hoje tudo pode ser diferente do ontem. E além de termos de estar preparados para isso temos que saber acreditar que tudo pode ser melhor...
Não há nada que de momento me dê mais prazer do que sentar-me com um amigo ou mais a uma mesa... comer bem e beber um bom vinho enquanto conversamos... e depois sair até algum lado e ir dançar um pouco. Isto a par de momentos únicos... como é um pôr do sol, enquanto se bebe uma canã, como descreveu a Elka... ou como andar descalço na areia... sentir a água gelada nos pés...