Muitas coisas mudaram na minha vida nos últimos meses, muita coisa em mim inclusivamente mudou :) seja na forma de estar, de ver a vida... de viver cada dia...
Li há pouco um post num blog duma amiga de quem tenho umas saudades indescritíveis, a minha mana Elka. Na audácia do assumir das suas limitações eu encontrei-me nas minhas...
Sim, sou calma! Pelo menos a maior parte do tempo... mas por vezes vejo-me pedida em ondas de ansiedade, de medos, de sonhos incumpridos, mesmo depois de tanto tempo serem pedidos, repensados, restruturados e lançados de novo para serem concretizados. Se acredito que se vão concretizar? Aí está uma das minhas características... o meu ser tem a capacidade de acreditar com toda a sua fé... porque sei que mereço o que peço e se for o melhor para mim sei que o vou conseguir... mais tarde ou mais cedo e é isto que me move...
Sim, sou uma mulher independente e segura, mas não deixo de ser uma menina que precisa de ser protegida e mimada... porque como qualquer outro ser tenho fragilidades... e dúvidas... e muitas vezes são aquelas em que fico perdida sem perceber qual rumo tomar.
Sou extrovertida, brincalhona, com uma gargalhada estridente e uma alegria sincera... mas também sofri... tenho dores, marcas... feridas... e por vezes choro e fico triste, sem saber o que fazer para voltar a ter forças para continuar.
Resumindo... sou humana, limitada, imperfeita... no meu caminho.
As palavras que acima coloquei como titulo têm dominado a minha vida nos últimos tempos.... liberdade... paz e felicidade...
A liberdade ganhou um sentido diferente para mim nos últimos meses. Sempre fui uma pessoa que adorei ter o seu espaço... mas sempre tive muita tendência ou para me isolar ou para me levar na corrente de estar com aquela e a outra pessoa... e esquecer-me de mim. Aprendi nos últimos meses a gerir os limites e as fronteiras destes domínios. E tem sido muito bom para mim. Não tenho tanta necessidade de estar só e sei perfeitamente retirar do meu dia-a-dia os bocadinhos necessários ao encontro com a minha essência. O meu pai passou-me uma frase na minha educação que sempre me marcou e à qual não dava o real valor, talvez porque não sabia distinguir onde acabava o egoísmo e entrava a auto-defesa: "Todos nós nascemos e morremos sozinhos".
Num sentido literal não acredito nesta frase. Ela levou-me a uma ansia extrema por independência... por segurança, mesmo quando às vezes nem a tinha... levou-me a uma luta desgastante por aquilo que queria a toda a força eheheh (Isto é verdade!!!). Mas ela serve pura e simplesmente para percebermos a importância de tratarmos de nós e de nos valorizarmos.
A paz que consigo alcançar agora em cada vez mais momentos deu-me um sentido diferente ao caminho... a aprendizagem a fazer é aumentar cada vez mais estes momentos...
Quanto à felicidade... hoje sei verdadeiramente o que é ser feliz e isso por si só completa-me. Sei igualmente do que preciso para ainda ser mais feliz e isso não me põe triste... porque escolho viver um dia de cada vez em quase todas as vertentes da minha vida.
Viver no aqui e no agora é realmente a solução.
Desfrutarmos, saborearmos cada momento... sermos capazes de nos soltar e sermos quem somos verdadeiramente é a verdadeira felicidade.
Não é ganharmos o euromilhões... ter um trabalho ou o melhor trabalho do mundo... ter um companheiro... ser clarividente.
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