Eu sei que vivo com uma intensidade que por vezes é talvez excessiva. A paz para mim tem de ser interior... a minha vida diária tem que ter alguma emoção inerente.
Não sei se me consigo fazer comprender...
Eu tenho ansia de vivenciar experiências diferentes que me levem a constatar que tornei o meu dia mais rico. Se há coisa que eu detesto é pensar "O que fiz hoje?!?"... e ficar com aquela sensação de que perdi um dia...
Resumindo, gosto de rechear o meu dia-a-dia com momentos que me façam sorrir... que me façam feliz... por mais pequenos ou simples que até sejam os motivos!
Falar com alguém que já não falo há algum tempo. Ir até a um bar ouvir boa música! Marcar uma meditação de grupo. Ir jantar fora, embora nem o devesse fazer porque a minha conta bancária está no redline lol. Tanta coisa possível.
É por isso que também acabo por dar um valor extraordinário àqueles momentos de encontro comigo mesma... que passo na serenidade da minha casa ou em encontro com a natureza.
29 anos de auto-descoberta deram para perceber que eu tenho que me sentir em constante movimento... e se possível crescimento!
Quando algo ou alguém me desperta a curiosidade por alguma razão... eu quero conhecer... perceber... beber um pouco de...
No caso das pessoas, se estas forem mais voltadas para si mesmas, talvez eu as possa assustar um pouco porque "me dou" com muita facilidade, basta gostar! Para mim a empatia que se estabelece com as pessoas é um verdadeiro milagre, seja na amizade, seja no amor... não é para ser desperdiçado. E eu não tenho problemas em me aproximar, em brincar, em elogiar... em querer ajudar, em dar de mim...
Para que é que andamos cá todos senão para dar de nós e beber um pouco dos outros!?!
"Apaixonarmo-nos" por cada momento, por cada pessoa, por cada sítio... acho que é a forma de nos conectarmos verdadeiramente à energia da alegria. E isto sem medos! As feridas saram, as dores esquecem-se...
Viver constantemente no patamar do assim assim, do mais ou menos... do quase, do talvez... para não falar do patamar inferir da vergonha... ou do receio... não é para mim!
Quando penso nisto, lembro-me sempre duma frase que eu adoro de Paulo Coelho:
"Seja como a fonte que transborda e não como o tanque que contém sempre a mesma água".
Bem, esta divagação toda por causa dos meus quatro dias de fim de semana! É verdade, foi um autentico carrosel de emoções! Fiquei mais cansada do que estava quando comecei o fim de semana. Grande parte foi trabalho interior... o restante foi a correria de tentar fazer tudo o que queria... mas sinceramente sinto-me bem!!! O cansaço passa...
Vou contar-vos um segredo, eu creio em pleno que estou sempre à hora certa, com as pessoas certas, no local correcto. Pode parecer pretencioso ou estranho o que escrevo, mas esta é a minha forma de estar.
Só que o universo desta vez puxou demais por mim!!!
Nestes quatro dias... ri... dancei... brinquei... chorei... reflecti... sarei algumas feridas... revoltei-me... pus tudo em causa... e de certa forma renasci!
Há uns tempos atrás houve uma pessoa que me disse que a minha alma era poeta. Talvez porque escrevo muito... ou porque quando escrevo escolho ser genuína e não tenho pudor em ocultar o que for... ou talvez porque achasse que eu era dada ao exagero ehehehe! Não sei porquê, nunca me quis explicar...
Mas como eu até gostei arranjei a minha própria explicação, ao estilo da Carla :p
Quando penso num poeta, ou em alguém que de alguma forma se liga ao mundo das artes, penso sempre em alguém com uma sensibilidade extrema. E com isso identifico-me a 100%... tenho esse vicio... ou mania... sinceramente não sei como lhe chamar... mas prende-se mesmo com o facto de tender a sentir com intensidade demasiada. E é isto que me puxa para escrever...
Pois é, no meu mundo degusta-se cada momento... e é assim que eu gosto de viver, pois viver o que os outros gostariam que eu fosse não é opção para mim. Prefiro ser olhada de lado a viver fora da minha verdade.
Ufff... esta gaja escreve tanto... até me cansa :p
Beijokinhas...
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