Só me apetece escrever... sei que algo me vai na alma, mas não consigo discernir o quê. Só consigo sentir uma imensa tristeza por tudo o que se tem passado nos últimos dias. Haverem avisos de limpezas energéticas e mudanças não é o mesmo do que passar por elas.
Estou naqueles momentos em que nem sei o que me apetece. Não sei me apetece estar só e quieta, se me apetece procurar um colo para me aninhar.
Sei que são as minhas sombras despoletadas pelos últimos acontecimentos… remexidas no passado que doem e que influenciam o modo como vivencio o meu dia-a-dia.
Tenho fé e é esta que me move, porque sei que tudo é uma passagem até voltar à harmonia habitual.
Isto, no entanto, não quer dizer que não deixe de massacrar, de ferir, de desanimar…
Sei que são as minhas sombras despoletadas pelos últimos acontecimentos… remexidas no passado que doem e que influenciam o modo como vivencio o meu dia-a-dia.
Tenho fé e é esta que me move, porque sei que tudo é uma passagem até voltar à harmonia habitual.
Isto, no entanto, não quer dizer que não deixe de massacrar, de ferir, de desanimar…
Estou a ler um livro "Os sonhos da Alma - realizar as nossas aspirações" de Valerio Albisetti, psicólogo e psicoterapeuta... que tem-me feito pensar imenso.
Este autor defende o quanto é importante descobrir o sentido da nossa existência, a nossa vocação. Considera inclusivamente que a felicidade é, nada mais nada menos, do que a descoberta e a realização da nossa vocação. Chega a afirmar que o sofrimento pelo qual passamos durante a nossa vida nos ajuda a encontrar a tal vocação ou vocações... pois nos induz a encontrarmos a nossa verdadeira identidade.
Já considero que encontrei a minha maior vocação... tenho que admitir que me trouxe paz, mas o facto de não a estar a conseguir concretizar a tempo inteiro na minha vida traz-me alguma insatisfação.
Pode ser uma questão de tempo... no entanto, como a paciência é de longe a minha maior virtude dá neste sentimento de frustração.
Interessante ler neste livro que só em encontro connosco próprios é que descobrimos a tal vocação... noutras palavras, ninguém tem a capacidade de nos transmitir esta informação, abreviando o processo de descoberta. Interessante, pois encontro continuamente pessoas que me questionam, em terapias, quais as suas missões, ou quais as razões de terem encarnado nesta vida.
Eu vou ainda ser mais rebuscada que este autor, alguém pode dizer-nos a nossa vocação se tiver clarividência para isso, já encontrei pessoas com essa capacidade, no entanto, se a pessoa não está preparada para processar esta informação, esta não fará sentido. Lembro-me de muitas vezes, em tenra idade, me transmitirem esta informação e eu, como não estava preparada para ouvir, ainda fiquei mais perdida. Cheguei a achar que estava a percorrer o caminho de forma incorrecta porque não estava a conseguir, nem sentir que aquela era a minha vocação, quanto mais o que tinha que fazer para a concretizar.
Por isso, não há como simplificar, é realmente no encontro connosco próprios que fazemos esta descoberta. E tal como eu, no momento certo todos vão encontrar o rumo que vai fazer com o vosso caminho se trace...
Retornando ao meu percurso, se o sofrimento nos leva à descoberta, só me resta perceber o que tenho que descobrir em relação a mim mesma, de modo a completar o processo de concretização da minha vocação. Sei que estas últimas provas têm a ver com a preparação para a concretização final das minhas missões. Acredito que tenho que evoluir um pouco mais para chegar ao nível de evolução necessário a estar em condições e a ter as características necessárias à concretização da minha vocação.
De peito aberto e mangas arregaçadas, cá estou eu pronta a trabalhar...
1 comentário:
Vivo com o mesmo dilema que se agrava tendo em conta a situação do país.
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