Sábado fiz o piercing no nariz, já algum tempo que o queria fazer…
Não me apetecia estar com ninguém… não por me sentir mal, mas por me sentir bem comigo mesma.
Vagueei sozinha por Almada… passei por uma loja de tatuagens… entrei, perguntei o preço… se era necessário marcar. A rapariga respondeu que podia ser já…
Uns minutos depois estava feito…
Carla:
“Quando algo muda nas nossas vidas, principalmente quando o que muda consegue abalar as linhas com que se tece a tua vida no presente... mais do que o sofrimento... mais do que o crescimento... fica a certeza de que há mil e um caminhos possíveis de percorrer e que em qualquer momento da tua vida no hoje tudo pode ser diferente do ontem. E além de termos de estar preparados para isso temos que saber acreditar que tudo pode ser melhor...
Não me apetecia estar com ninguém… não por me sentir mal, mas por me sentir bem comigo mesma.
Vagueei sozinha por Almada… passei por uma loja de tatuagens… entrei, perguntei o preço… se era necessário marcar. A rapariga respondeu que podia ser já…
Uns minutos depois estava feito…
Assim é que eu gosto das coisas... espontâneas...
Porquê mais um piercing? Tinha pensado fazê-lo nos meu anos como prenda para mim mesma… foi um pouco depois, mas o sentido mantem-se… digamos que é a marca dos meus 28 anos… e do ano de 2008 em si, quando tudo começou a mudar na minha vida…
Hoje Segunda-feira, dia 29, leio o texto da Elka sobre as nossas férias… e não consigo parar de pensar que tenho de escrever…
Sevilha 2009… um marco para ambas…
Porquê mais um piercing? Tinha pensado fazê-lo nos meu anos como prenda para mim mesma… foi um pouco depois, mas o sentido mantem-se… digamos que é a marca dos meus 28 anos… e do ano de 2008 em si, quando tudo começou a mudar na minha vida…
Hoje Segunda-feira, dia 29, leio o texto da Elka sobre as nossas férias… e não consigo parar de pensar que tenho de escrever…
Sevilha 2009… um marco para ambas…
Elka:
“De malas aviadas fomos contentes com um destino traçado, não que ele importasse muito, a intenção era outra, era estar longe de Lisboa… A busca de uma pausa depois de meses de grandes mudanças e de muito trabalho. O telemóvel sem rede e no silêncio, o relógio no pulso mais por habito que por necessidade. Beber cappucinos às 14h00 com uma sandes mista. Num dos dias, sem querer, estávamos a procurar restaurantes à 24h00… para nós era hora de jantar… não que fosse boa ideia para quem tinha uma sandes no estômago desde às 16h00. O nosso jantar foi no McDonald’s, a primeira possibilidade encontrada, e depois, bem depois toca de conhecer a noite que nos aguardava serenamente.
As noites foram sempre quentes mas, com uma brisa que não pedia casaco! Quem é mulher percebe bem a importância! Os dias foram de serenidade, rodeadas de parques, jardins, igrejas, ruelas e fontes onde molhar os pés; não importava que depois fosse necessário um bom tratamento; ali não importava que eles estivessem sujos, apenas que estavam demasiados cansados e que mereciam passar uns minutos numa fonte com água bem gelada.
“De malas aviadas fomos contentes com um destino traçado, não que ele importasse muito, a intenção era outra, era estar longe de Lisboa… A busca de uma pausa depois de meses de grandes mudanças e de muito trabalho. O telemóvel sem rede e no silêncio, o relógio no pulso mais por habito que por necessidade. Beber cappucinos às 14h00 com uma sandes mista. Num dos dias, sem querer, estávamos a procurar restaurantes à 24h00… para nós era hora de jantar… não que fosse boa ideia para quem tinha uma sandes no estômago desde às 16h00. O nosso jantar foi no McDonald’s, a primeira possibilidade encontrada, e depois, bem depois toca de conhecer a noite que nos aguardava serenamente.
As noites foram sempre quentes mas, com uma brisa que não pedia casaco! Quem é mulher percebe bem a importância! Os dias foram de serenidade, rodeadas de parques, jardins, igrejas, ruelas e fontes onde molhar os pés; não importava que depois fosse necessário um bom tratamento; ali não importava que eles estivessem sujos, apenas que estavam demasiados cansados e que mereciam passar uns minutos numa fonte com água bem gelada.
Passamos os dias a andar perdidas nas ruelas, mas isso não tinha de maneira alguma importância; o mapa ficou feito literalmente em fanicos, nem isso importava porque, mesmo perdidas, havia sempre um sítio que não conhecíamos e continuávamos com os pés sempre dispostos a andar mais um pouco.
Descobrimos que o nosso sentido de orientação não é assim tão mau…
O calor, esse foi incessante… as sardas apareceram, o protector solar foi esquecido! Os nativos mais que habituados a um calor escaldante é que permaneciam serenos a beber as suas cañas ou nas compras e eu, bem tenho a prática de Castelo Branco que apenas tem 3 estações: Inverno, Verão e aos CP... Já em Luanda o calor não é assim tão seco, graças a Deus!
Despedimo-nos do pôr-do-sol com 1 caña na mão, que tem sido um ritual para mim… No início foi 1 desilusão, ele não assim tão bonito mas, depois ofereceu-nos uma das melhores fotografias tiradas!
O melhor:
- Não perceber castelhano e eles não perceberem português, principalmente quando se fala depressa…
Despedimo-nos do pôr-do-sol com 1 caña na mão, que tem sido um ritual para mim… No início foi 1 desilusão, ele não assim tão bonito mas, depois ofereceu-nos uma das melhores fotografias tiradas!
O melhor:
- Não perceber castelhano e eles não perceberem português, principalmente quando se fala depressa…
- Visitar a cidade em época baixa, os turistas eram poucos!
- Vimos tudo o que conseguimos e chegamos mesmo a visitar uma casa de um morador. Posso dizer que elas são bonitas por fora e por dentro… com ele, experimentamos água ardente chilena e percebemos que a nossa é melhor!
- Ir de férias com uma grande amiga, que com a viagem tornou-se uma verdadeira companheira. A intimidade de dividir um quarto fez-nos maravilhas e o mais importante numa amizade manteve-se, os silêncios de manhã e quando a birra quer aparecer. Somos super diferentes fisicamente e mesmo no feitio… uma é mais Zen que a outra mas, que ainda assim conseguimos encaixar sem haver tumulto.
Mas como numa amizade que se preze, tem que haver discussão… o importante é que depois dela voltamos sempre a falar como se nada se tivesse passado. É engraçado que mesmo numa amizade há sempre troca de palavras mais acesas e que isso não é de forma alguma o fim, muito pelo contrário, há mais respeito de parte à parte.
De volta de férias estamos mais que prontas para continuar com as nossas vidinhas e é claro para conversar, conversar, conversar… como duas tagarelas natas.
- Sair à noite solteira… Não se fica à procura mas, olha-se e como é bom olhar, apreciar, até flirtar sem maldade!
Mas como numa amizade que se preze, tem que haver discussão… o importante é que depois dela voltamos sempre a falar como se nada se tivesse passado. É engraçado que mesmo numa amizade há sempre troca de palavras mais acesas e que isso não é de forma alguma o fim, muito pelo contrário, há mais respeito de parte à parte.
De volta de férias estamos mais que prontas para continuar com as nossas vidinhas e é claro para conversar, conversar, conversar… como duas tagarelas natas.
- Sair à noite solteira… Não se fica à procura mas, olha-se e como é bom olhar, apreciar, até flirtar sem maldade!
Resumindo... Sevilha deu para relembrar: Como é bom estar vivo e como é bom olhar para as possibilidades…“
Carla:
“Quando algo muda nas nossas vidas, principalmente quando o que muda consegue abalar as linhas com que se tece a tua vida no presente... mais do que o sofrimento... mais do que o crescimento... fica a certeza de que há mil e um caminhos possíveis de percorrer e que em qualquer momento da tua vida no hoje tudo pode ser diferente do ontem. E além de termos de estar preparados para isso temos que saber acreditar que tudo pode ser melhor...
Claro que aqui ser melhor está nas mãos de cada um... também pode ser pior se assim o decidirmos...
O vazio de horizonte depois de grandes abalos e uma já forte amizade juntou 2 seres numa viagem a Sevilha...
A vontade de fugir por momentos para um pouco mais longe... como se a distância apagasse certos medos... incertezas... inseguranças...
A vontade se ser simplesmente... sem ter de dar explicações, sem ter de olhar para ninguém que nos quisesse julgar... porque ali não havia ninguém que fosse suficientemente importante para nos puder julgar...
Engraçado que em Sevilha senti-me em casa... não num sentido esotérico... mas foi como se soubesse que naqueles dias era suposto estar ali... era ali que pertencia! E quando parti nem sequer tristeza senti... porque também cá dentro foi como se me estivesse a ser dito que já era tempo de voltar.
Imagem que vou sempre guardar... descalça pelas ruas de Sevilha, com os sapatos na mão... perdida!
Grande lição...
... foi como se me tivessem a dar a prova que é assim que devo viver... ligada à terra, como se caminhasse sempre descalça... confiante que o meu caminho vai ser percorrido... e que um dia vou chegar a "casa"... mas que isso nem sequer é o mais importante. O mais importante é ser quem sou e no caminho aproveitar as coisas com que me cruzo... para crescer e ser o mais feliz possível...
Ambas sofriamos dum grande mal... tinhamos que controlar tudo... dominar os acontecimentos... e todas as mudanças que aconteceram connosco serviram para que nos apercebessemos que temos que nos deixar ir ao sabor da corrente... deixar fluir. De nada vale a maior parte das vezes nos revoltarmos ou lutarmos...
O destino está marcado... só temos que ir tomando algumas decisões pelo caminho... como se houvesse um trajecto e tivessemos que ir ter àquela incruzilhada e aí sim... decidir: Esquerda? Ou direita?
Parece simples, mas não é... centrarmo-nos em nós mesmos e percebermos o que é melhor para nós para tomarmos a decisão adequada, no momento certo, é bem complexo... e exige um equilíbrio extraordinário...
E é essa agora a nossa labuta... uma em Portugal, outra em Luanda ;) para não falar de outras pessoas que com certeza estão neste momento a passar pelo mesmo processo...
Sevilha teve mil e um momentos que irei recordar, mas aqui ficam algumas das conclusões :)
Já durante o mês de Agosto tudo foi um reencontro com quem sou... algo que aos poucos já estava a acontecer... há algum tempo. Sevilha foi o remate final!!!
Um reencontro com os prazeres da vida... que depois de algum tempo de compromisso tinha perdido... aos poucos... sem notar e que tenciono não perder nunca mais... encontre ou não alguém para partilhar a minha vida outra vez... num sentido romântico/amoroso, porque o que passamos a vida a fazer é partilhar pedaços da nossa vida com os outros... aliás é isso que lhe dá o encanto.
Foi e é tão bom seduzir por seduzir... e deixar-se ser seduzido!!! Comer e beber por puro prazer... Sem vergonha, porque é algo que faz parte de mim... de que vale mentir ou negar!? Sou extremamente carnal e gosto dos prazeres da vida... são estas coisas que muitas vezes me dão alegria de viver.
Não há nada que de momento me dê mais prazer do que sentar-me com um amigo ou mais a uma mesa... comer bem e beber um bom vinho enquanto conversamos... e depois sair até algum lado e ir dançar um pouco. Isto a par de momentos únicos... como é um pôr do sol, enquanto se bebe uma canã, como descreveu a Elka... ou como andar descalço na areia... sentir a água gelada nos pés...
Não há nada que de momento me dê mais prazer do que sentar-me com um amigo ou mais a uma mesa... comer bem e beber um bom vinho enquanto conversamos... e depois sair até algum lado e ir dançar um pouco. Isto a par de momentos únicos... como é um pôr do sol, enquanto se bebe uma canã, como descreveu a Elka... ou como andar descalço na areia... sentir a água gelada nos pés...
... O sorriso que virem nos meus lábios nesses momentos... sim é pura felicidade :) pois são esses pequenos momentos da vida que fazem tudo valer a pena... que me fazem gostar de viver...
Hoje sei que onde quer que esteja... Sevilha... Lisboa... ou do outro lado do mundo... estou bem, porque me sinto bem comigo mesma :) e porque gosto de saborear cada momento da vida pelo simples prazer de viver...
1 comentário:
Para saborear a vida ha que aceita-la tal como ela é. E às vezes ela não nos sorri como nós queremos mas, não deixa de ser bela; muito pelo contrário ela enche-te de vontade de a viver, de a saborear. Nada como me instalar confortavelmente nos seus braços e desfrutar da mais magnifica das viagens, como companhia grandes amigos que dividem contigo as suas experiencias e onde podes encontrar o melhor dos apoios!
Para que se possa disfrutar deste magnifico banquete tens que te aceitar e respeitar te!
Ti já !
Marciana.
Enviar um comentário