sexta-feira, fevereiro 02, 2007

O mundo que temos...

Devemos reflectir que mundo já temos e que mundo vamos deixar aos nossos filhos e aos filhos dos outros.
Tenho um sobrinho quase a nascer, duas que já andam por cá há algum tempo, mas que, e graças a Deus, ainda não devem ter sentido na pele os dissabores da vida humana. Filhos ainda não tenho, mas há medida que o tempo passa dá-me para reflectir cada vez mais nas implicações de se trazer um filho ao mundo.
Acho que a vida é uma dádiva maravilhosa... se a soubermos aproveitar e viver num bom sentido. Caso não o façamos, arriscamo-nos a sofrer muito e a ver a vida mais como um pesadelo do que como uma dádiva.
É claro que todos temos os nossos momentos altos e os nossos momentos baixos. Percalços são muitos aqueles que se atravessam no nosso caminho, mas é o espiríto com que encaramos todo o percurso que vai resumir se conseguimos ser tendencialmente felizes ou tendencialmente tristes.
Eu considero que sou definitivamente tendencialmente feliz e devo-o à minha peculiar forma de encarar a vida. Muito humor... e uma boa dose de loucura à mistura.
É claro que vezes sem conta desanimo, principalmente quando os meus percalços se devem àquela faceta negra que alguns seres humanos teimam em ter, como se isso lhes fosse intrínseco.
Mas a vida continua... e o facto de acreditar que viemos a este mundo com o propósito de evoluir ajuda-me muito a reunir as minhas forças e continuar a ir à luta.
Já percebi que infelizmente não posso mudar o mundo... abulir as injustiças, a pobreza, as guerras...
Mas posso seguir o meu caminho e assim servir de exemplo para os outros... não por quem sou, pois ainda sou imperfeita demais, mas pelo esforço que faço dia-a-dia para me tornar um ser cada vez melhor.
Adoro viver a vida! A essência humana é fascinante, o mar de sentimentos e de potencialidades é infinito... quanto mais se tenta descobrir, mas se percebe o quão ínfimo é o que já descobrimos.
"Há homens com quem se pode aprender a ver aquilo que dentro de nós existe e não sabiamos" Anjo Mudo
É por isto que adoro ler e adoro escrever...
Não devemos desvalorizar aquilo que de dentro de nós brota.
Posso não ser um Gandhi, ou qualquer outro pensador de excelência, mas através da escrita mostro quem sou, compartilho um pouco de mim! E na minha opinião, é esse o sentido da vida: deixar que os outros nos ensinem alguma coisa e nos dêem um pouco de si; dar um pouco de nós e porque não ensinar aos outros alguma coisa através da nossa vivência.
Só pedia que as pessoas parassem para olhar à volta e analizassem se vale ou não a pena assertivamente contribuir para que o nosso mundo seja um lugar melhor. Isto porque quem faz o nosso mundo somos nós.
Se cada vez mais as pessoas se ajudarem e forem boas umas para as outras... se cada vez mais forem positivas e aproveitarem a vida da melhor forma, melhor será este mundinho em que vivemos. Ao invés dum mundo de inveja, egoísmo, ambição desmedida... violência e poder.
Se os outros não são assim e têm mais dinheiro que eu ou até um melhor trabalho, não é uma desculpa aceitável.
A filosofia do "o que está a dar é passar por cima de todos para chegar mais além" não deve ser vista como uma saída.
Se os outros não prestam, temos que ser como eles só porque a nível material eles são mais bem sucedidos?! Não me parece.
Se cada vez mais pessoas mudassem para melhor, estes primeiro tornavam-se numa minoria e depois não tardavam a desaparecer.
É bonito falar, mas mais bonito é fazê-lo!!!
Se é tudo uma questão de espiríto, porque é que no fim de contas tudo reside no materialismo e no consumismo que impera na mente das pessoas?!
Enquanto o ser humano for tão materialista e consumista como é, tudo continuará como está.

Estas são as minhas lindonas, pelo menos por elas e por crianças como elas reflictam!

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