Quando escrevo ultimamente... e não é a primeira vez que sinto isto... tenho a clara sensação de não estar só. As palavras não parecem ser minhas, embora concorde com o que é escrito. Por vezes é como se estas palavras fossem divinas, de tão puras que são... impossíveis de virem de mim, desta alma perdida dentro de um corpo emprestado para esta vida... que tanto a limita e influencia.
Tudo se representa numa perfeição... para nós relativa.
Tenho a cara, o corpo... à medida certa! Eu e qualquer outra pessoa somos perfeitos! Na medida e na conta das nossas missões... no que devemos fazer e não fazer... na medida e na conta em que devemos atrair determinadas pessoas e não outras.
Não vale a pena pensar "Sou gorda!", "Sou feio", "Tenho esta limitação horrível!"... se cuidarmos do nosso corpo... desta roupagem que nos emprestaram observamos as limitações inatas e também a sua tendência natural. Todos desta forma somos belos, diferentes, especiais, perfeitamente adaptados a quem devemos ser e ao que devemos fazer...
Além disso, acredito que a perenidade física que nos é imposta nos leva a reflectir, a cada dia e a quem se der ao trabalho de o fazer, que tudo o que é material é mutável e destrutível. O que está cá dentro... a nossa alma, é o mais importante e, mais que tudo, ao invés de degradável é "evolutível"... pois cresce e evoluí com o passar do tempo. O nosso corpo, pelo contrário vai envelhecendo e morrendo.
Ver a sabedoria e a força no olhar de algumas crianças, a pureza de determinados gestos... completamente altruístas, o sorriso repleto de juventude e alegria de viver num velho cuja idade já marcou o rosto e corpo.
Nada é por acaso!
Existe uma justiça maior e superior a nós!
Cegos pela carne podemos gritar de revolta o contrário! Mas quem somos nós para o fazer?
Esta justiça maior não tem nome e pode ter muitas caras... não tem tempo certo nem hora para ser aplicada... pode demorar horas, semanas, meses, anos... pode até não vir nesta vida...
Tudo segue um propósito que só pode ser divino, tal é a sua grandeza e tal é a nossa incapacidade de o perceber.
Olha para dentro de ti e sente quem és verdadeiramente e o que vieste cá fazer. A maior parte das coisas que procuramos no nosso exterior devemos encontrá-las primeiro dentro de nós... como o amor, por exemplo!
Que justiça e que mundo seria este em que alguém morre criança... em que alguém é violado... em que alguém se torna pedófilo... assassino... em que alguém nasce com uma deficiência que o depende para toda a vida?!!!? Que justiça existiria se só cá viessemos esta vida... e que justiça era essa em que uns parecem ter tudo e outros nunca têm nada, por mais que lutem... em que parâmetros se decidiria tudo isso?
Só pode existir uma justiça maior que nos foge ao entendimento...
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