Fiz dia 9 do presente mês 26 anos.
Estou pela primeira vez mais perto dos 30 do que dos 20.
Mas sei que isto é uma mera questão psicológica.
Às vezes e não sei porquê, mais ultimamente, (deve ser a minha tendência "depressiva" com o aproximar do aniversário... acontece-me sempre!) tenho-me sentido envelhecida, como uma velha cansada e desiludida. Ando um pouco esgotada da faceta obscura das pessoas e da capacidade que estas têm para criarem versões da realidade, como se tornassem a realidade uma quase impossibilidade. Para não falar da sua capacidade para serem negativas, invejosas e destrutivas... como se fosse demasiado dificil ser-se amigo dos outros ou até solidário.
Já demasiadas vezes disse a mim mesma que penso demais... e isto faz com que tenha que lidar diariamente com demasiadas informações que muitas vezes ferem a minha susceptibilidade e me fazem desacreditar ou perder momentaneamente a força para continuar a caminhar.
Vou contar uma história.
Há uns tempos uma Sra com poucos recursos económicos (muito poucos mesmo)... andava a rifar um cinzeiro e um isqueiro e veio pedir-me um euro por uma senha. Eu estava talvez no meu pior mês, com muito pouco dinheiro até voltar a receber. Mês este que sendo o meu pior poderia ser um dos melhores meses para ela... com certeza.
Não pensei duas vezes e comprei a senha...
Quando a Sra se dirigiu a outras pessoas que de certa forma me são próximas responderam: "Ainda não recebi" ou pior "Eu não quero nenhum cinzeiro ou isqueiro, ninguém lá em casa fuma" (quando por acaso até fumavam...).
Na minha casa por acaso ninguém fuma...
Mas será que é difícil contribuir com um mero euro pelo simples pensamento de que se está a ajudar alguém.
Eu achei muito digno o modo como a Sra arranjou forma de pedir ajuda sem pedir dinheiro directamente, sem dar a entender que estava a pedir uma esmola...
Não imaginam como me senti, guardei para mim a dor e segui em frente! Mas quando falei com a minha mãe, em tom de confissão, chorei, mas chorei tanto que sinto que chorei pela minha desilusão para com o ser humano e por aquela mulher... emagrecida pela falta de comida, de olhar triste por cada dia procurar emprego e voltar sempre a casa de mãos vazias e alma ferida...
Venha a minha faceta optimista por favor porque por vezes não dá mesmo vontade de partilhar o mundo com determinadas pessoas...
Estou pela primeira vez mais perto dos 30 do que dos 20.
Mas sei que isto é uma mera questão psicológica.
Às vezes e não sei porquê, mais ultimamente, (deve ser a minha tendência "depressiva" com o aproximar do aniversário... acontece-me sempre!) tenho-me sentido envelhecida, como uma velha cansada e desiludida. Ando um pouco esgotada da faceta obscura das pessoas e da capacidade que estas têm para criarem versões da realidade, como se tornassem a realidade uma quase impossibilidade. Para não falar da sua capacidade para serem negativas, invejosas e destrutivas... como se fosse demasiado dificil ser-se amigo dos outros ou até solidário.
Já demasiadas vezes disse a mim mesma que penso demais... e isto faz com que tenha que lidar diariamente com demasiadas informações que muitas vezes ferem a minha susceptibilidade e me fazem desacreditar ou perder momentaneamente a força para continuar a caminhar.
Vou contar uma história.
Há uns tempos uma Sra com poucos recursos económicos (muito poucos mesmo)... andava a rifar um cinzeiro e um isqueiro e veio pedir-me um euro por uma senha. Eu estava talvez no meu pior mês, com muito pouco dinheiro até voltar a receber. Mês este que sendo o meu pior poderia ser um dos melhores meses para ela... com certeza.
Não pensei duas vezes e comprei a senha...
Quando a Sra se dirigiu a outras pessoas que de certa forma me são próximas responderam: "Ainda não recebi" ou pior "Eu não quero nenhum cinzeiro ou isqueiro, ninguém lá em casa fuma" (quando por acaso até fumavam...).
Na minha casa por acaso ninguém fuma...
Mas será que é difícil contribuir com um mero euro pelo simples pensamento de que se está a ajudar alguém.
Eu achei muito digno o modo como a Sra arranjou forma de pedir ajuda sem pedir dinheiro directamente, sem dar a entender que estava a pedir uma esmola...
Não imaginam como me senti, guardei para mim a dor e segui em frente! Mas quando falei com a minha mãe, em tom de confissão, chorei, mas chorei tanto que sinto que chorei pela minha desilusão para com o ser humano e por aquela mulher... emagrecida pela falta de comida, de olhar triste por cada dia procurar emprego e voltar sempre a casa de mãos vazias e alma ferida...
Venha a minha faceta optimista por favor porque por vezes não dá mesmo vontade de partilhar o mundo com determinadas pessoas...
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