sexta-feira, setembro 15, 2006

Auto retrato


A minha alma é como a lua... à vista de todos, mas só ao alcance daquelas pessoas que verdadeiramente a querem contemplar.

Sol nascente e pôr do sol
... neste meu ser!
Às vezes doce,
outras amarga...
Anjo Endiabrado!
... manso ser,
com aparência de indomado.
Vivo intensamente...
na busca do que ainda não vivi,
pois o tempo não espera
(por nada nem por ninguém...).
Fujo do rotineiro e enfadonho dia-a-dia...
não quero que quando o tempo for passado
chorar pelo que perdi.
Agarro as estrelas em sonhos
...
Só assim me completo
e acordo a sorrir!
O céu não sai do mesmo sítio
Mas a água dos rios não pára,
corre para o mar...
tal como eu corro pela vida... por puro vício.
Procuro sempre algo
pelo mero prazer da luta...
Mesmo quando me acho quase derrotada,
sem forças para dar nem sequer mais um passo,
dum inspirar
nasce o animo para continuar...
No meu corpo corre a rebeldia do mar
num querer viver o que ainda está para vir
o que ainda há a reclamar...
Divago perdida de quando em vez
como um navio sem cais...
Com mil e um sonhos a cumprir
que me arranham a cada minuto
e me teimam em ferir...
Pois nas minhas veias corre o medo...
Medo que um dia tudo acabe
sem ao fim da estrada ter chegado
e ainda por dar... sobre um pedaço de mim.

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