Nas minhas próprias palavras falava com Deus e sentia que era ouvida.
Um encontro com a morte... a do meu pai... fez com que a revolta e a descrença até a última gota de fé secassem e um deserto nascesse em mim!
Sei que aos poucos alguma fé foi renascendo cá dentro, criando pequenos oásis de esperança... Mas tão pequenos e dificeis de encontrar...
Gostava tanto de sentir de novo o pulsar da fé no meu coração!
Gostava tanto de sentir de novo que as minhas palavras eram ouvidas.
Sei que é por ter perdido a capacidade de falar com o coração que as minhas palavras já não chegam ao céu. Ficam a ecoar na minha cabeça, como preces mudas de sentido... mensagens que não chegam ao seu verdadeiro destino.
As feridas que me foram inflingidas não foram fatais, curaram aos poucos! As marcas, no entanto, ficaram...
Desde então caminho mais como uma morta viva... movida pela mente, não pelo coração.
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