Um amigo que o tempo e as circunstâncias distanciaram de mim disse-me outrora que durante os sonhos falo com os anjos, daí, quando acordada, escrever as palavras que escrevo.
Uma lisonjeante e (claramente!) generosa forma de descrever as palavras que vou derramando... pingo a pingo... de tempos a tempos... espaço físico ou temporal...
Minhas não sei se são!? Acredito que são de quem depois as lê e as saboreia...
Eu apenas as deito cá para fora!
Mas também que outra escolha tenho?! É como se primeiro sussurrassem baixinho... à espera de serem ouvidas e depois, perante a minha falta de reacção GRITASSEM continuadamente!!! O seu eco dentro da minha cabeça chega a sufocar-me! E antes que me elouqueçam ou se apoderem de mim... escrevo... até o silêncio renascer...
Às vezes penso que é, ora a voz da alma, ora a voz do coração a conversarem comigo. E isso até acontece com toda a gente...
Eu somente em dado momento, por qualquer razão, estive mais atenta e parei para os ouvir...
Talvez, ao notarem, me começassem a sussurrar em sonhos, quando havia mais silêncio... e então eu quando acordava, já em conciência, me encontrasse nas lembranças desses sonhos... e pela sua insistência não encontrasse escolha além de as escrever...
"Aqueles que passam por nós, na verdade, não vão sós, deixam um pouco de si... levam um pouco de nós." Antoine de Saint-Exupéry
Em relação ao amigo que mencionei, apenas tenho a dizer que me deixou realmente muito de si: as palavras que deram mote a este post, a alcunha de Sininho (... pela minha forma de ver e viver a vida...), entre muitas outras coisas... inexprimíveis!
Para mim ele será para sempre recordado como um Feiticeiro. Cheio de sabedoria, força para lutar e arte nas palavras...
O que levou de mim?! Será uma eterna incógnita... encerrada no seu coração!
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